Jornalista denuncia irregularidades no borderô de Vasco x América
Borderô sob suspeita
Houve um sério problema no último jogo entre Vasco e América. A renda divulgada na última quarta-feira no Maracanã foi de R$ 80.780,00. A renda no borderô da partida, contudo, foi de R$ 68.780,00. O público era o mesmo nos jornais e no documento: 6.455 pagantes. Quando puxei o borderô no site da Ferj e conferi com os jornais, vi que algo estava errado. E constava lá que o América não quis assiná-lo.
Liguei então para o presidente do clube, Reginaldo Mathias, que não é homem de meias palavras. Começou dizendo que foi o último jogo controlado pela administração que foi afastada e contou que esta diferença foi explicada pelo supervisor fiscal do jogo, que assinou o borderô em nome da Ferj, Marcelo A. Martins. O esclarecimento, segundo o presidente, foi: Este dinheiro pagou o quadro-móvel do Vasco. O máximo que vocês podem fazer é não assinar o borderô. O América, gato escaldado, não assinou. Mathias, aliás, revelou que o desconto máximo para este tipo de despesa é de R$ 5 mil. Detalhe: no borderô a despesa com operacional não chega a R$ 4 mil.
Reginaldo levantou outra bola. O América perdeu o direito de jogar em seu estádio, mas não deixou de ser o mandante da partida. Portanto, o quadro-móvel deveria ser do clube rubro, segundo seu presidente. E mais: o dirigente garantiu ter visto, durante a partida, um borderô já fechado com 60% da renda para o Vasco, como se o clube da Colina fosse já o vencedor, o que acabou não acontecendo.
De acordo com Mathias, os 12 funcionários do jogo foram agressivos até com um dos vice-presidentes do Diabo, Waldir Zagaglia. Por isso ele entrou com uma representação na Ferj na sexta-feira, sobre a qual o interventor Hekel Raposo, conforme me disse no domingo, não tomou conhecimento ainda.
Reginaldo já previa na entrevista que me concedeu que o interventor não saberia do que se tratava. Diz que há boicote dos funcionários da entidade. E um fato estranho realmente leva a crer que ele tem razão. Na quinta-feira, quando circulou a notícia de que haveria uma Assembléia Geral dos clubes na sexta que foi cancelada por Raposo, o interventor me disse por telefone que mandaria colocar um comunicado no site e na portaria da entidade. Na portaria foi colocado. Já no site...
Achei engraçado porque foi exatamente o exemplo que Reginaldo citou. Ele não teve medo de afirmar ainda que estes funcionários estão claramente agindo sob comando externo e eximiu-os de culpa, pois sabe que têm medo de perder os empregos. Para não tornar este texto interminável, só uma pergunta: quando isso vai acabar?
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