Imprensa

Jornalista comenta sobre o atual momento e ambiente do Vasco

O Vasco entrou numa espiral perigosa na reta final de seu processo eleitoral.

Tão alarmante que a notícia boa em meio à avalanche de fatos ruins que desabou sobre os vascaínos é a última decisão do presidente Alexandre Campello.

O fato de ele abandonar a discussão política e se concentrar na condução do clube até a transmissão do cargo é mais do que necessário.

Porque o ambiente tóxico levou desconforto e insegurança ao departamento de futebol.

E, somado à ausência do vice-presidente José Luiz Moreira, contaminado pela Covid, minou a confiança e a concentração de jogadores e funcionários.

Quem conhece minimamente o funcionamento dessa estrutura saberá a reconhecer a importância deste alerta.

O futebol do Vasco encontra-se escorado na figura do executivo André Mazzuco que não tem estofo para administrar outra ameaça de rebaixamento.

Reitero que em 2019 a queda só foi evitada porque Vanderlei, Antônio Mello e Daniel Gonçalves (técnico, preparador-físico e fisiologista) se superaram.

Os três, conhecedores dos conflitos internos do clube, fizeram mais do que seus cargos indicavam.

E assim conseguiram mobilizar outras pessoas em torno de uma causa maior.

Os portugueses da comissão técnica de Sá Pinto são profissionais e não têm a ver com as mazelas do Vasco.

Não têm, aliás, a dimensão do que pode significar o quarto rebaixamento.

Sem José Luís Moreira, que resgatara um pouco da confiança interna blindando o elenco, pode se dizer que o futebol do clube hoje é uma nau à deriva.

E com um esforçado marujo no timão à espera que a correnteza conduza a caravela a um porto seguro.

Ou seja: enquanto Mussas, Brants e Levens investem (sic) em batalhas judiciais para ocupar o poder, o Vasco navega para o caos.

Pior: com sócios e torcedores embarcados acreditando nos falsos profetas mitificados pelas redes sociais.

Fonte: Coluna Futebol Coisa & Tal/Gilmar Ferreira - Extra