Futebol

'Jorginho e a missão do acesso com o Vasco'

Jorginho não precisa de muito para deixar nos vascaínos a sensação de que pode ser mais do que um "treinador-tampão".

Basta que repita o aproveitamento de 57% que levou o Vasco de volta à Séria A em 2016.

Pois com mais 17 dos 30 pontos em disputa o clube fechará a Série B com 62.

E essa pontuação dificilmente será atingida pelos concorrentes diretos na busca por uma vaga entre os quatro primeiros.

Que comece então encerrando essa série de derrotas como visitante.

O jogo contra o Grêmio confronta dois times irregulares, com estreia dos treinadores e uma pressão enorme pelos três pontos.

Renato assume (ou reassume!) o time gaúcho com a teórica obrigação de vitória.

Por isso, neste caso, vejo Jorginho em vantagem.

E ele reinicia sua história no Vasco jogando por dois resultados, porque não perder em Porto Alegre já bastaria.

A começar pela escrita.

Dos 43 jogos entre os dois clubes com o mando de campo dos gaúchos, o Vasco só venceu seis.

O Grêmio levou a melhor em 30 embates e sete jogos entre eles terminaram empatados.

A última vitória carioca como visitante neste confronto foi o 2 a 1 em 2006.

Curiosamente, um Vasco sem estrelas dirigido pelo mesmo Renato que hoje comanda os donos da casa.

De lá pra cá, o Grêmio venceu nove e empatou duas das onze partidas como mandante neste confronto.

E a escrita não se restringe aos jogos disputados no Olímpico.

No geral, o Vasco venceu apenas duas dos últimos 14 jogos entre ambos.

E o mais recente foi há quatro anos, num confronto em São Januário.

Detalhe: Jorginho era o treinador do Vasco, e Renato dirigia o Grêmio - 1 a 0, gol de Andrés Rios.

Ele sabe, portanto, que se trata de um jogo historicamente complicado para o Vasco.

Para pontuar em Porto Alegre terá de levar a campo um time capaz de fechar os espaços nos corredores laterais e eficaz nos contra-ataques.

Na Série B de 2019, assumiu o Coritiba na 24ª rodada, com um jogo a menos e o time na oitava posição, sem vencer há seis jogos.

Fez 71,1% dos pontos (nove vitórias, cinco empates e uma derrota) e subiu o clube em terceiro, quatro na frente do quarto, e cinco do quinto.

O "treinador-tampão" pode não ser o dos sonhos dos vascaínos - mas pode, perfeitamente, devolver a eficiência competitiva do time.

Que assim seja...

 

Fonte: Coluna Futebol Coisa & Tal/ Gilmar Ferreira- Extra