'Jorginho disse uma grande verdade na coletiva'
Jorginho disse uma grande verdade na coletiva de pós-jogo, no 3 a 2 que o Sampaio Correia impôs sobre o Vasco, de virada, em São Januário: ele foi responsável pelo má atuação do time! Senão o único, seguro, o maior. Algo que assusta por já ter ocorrido no jogo anterior…
Depois de afastar Nenê nos primeiros 60 minutos contra o Criciúma, sendo salvo pelo próprio na meia hora final, devolve a ele a condição de titular. Faz Palácios de volante por invencionice e, pq dera certo por alguns minutos daquele jogo, decide a refazer - agora desde o início.
O time do Vasco tem uma linha de defesa fraca, sofrível como suas últimas, que só funciona razoavelmente se bem estruturada à partir de dupla proteção - tanto pelo meio quanto pelos lados. Com Marlon e Figueiredo (ou Pec) pelos lados e Andrei e Yuri Lara pelo meio. Simples assim.
E daí vem a tal invencione: mexer em Yuri Lara, peça estrutural dessa fase defensiva, para “testar” Palácios, chileno taticamente anárquico, que funciona como emergência ofensiva. E o mais grave: tirou a “solução” do bolso do colete a três rodadas do final da Série B. Demais…
Vasco perdeu para um adversário que cumpre tabela, com um goleiro reserva que não atuava desde julho, a chance de encerrar diante de sua torcida a passagem pela Série B. Desestruturado, preso em suas limitações táticas e desprovido de fibra e inteligência emocional. Apático.
Se conseguir o acesso, terá sido conspiração do universo. Porque os responsáveis pelo futebol não têm ideia do que é o Vasco - “NÃO TÊM”! O CEO do clube se omite com medo de sua ligação sentimental com o rival, e o executivo da pasta, coitado, ainda não sabe o que faz no cargo…
Sem falar nos assessores do presidente que abrem portas e janelas da sala dele para a aparição do senador sem noção que a 72h da eleição polarizada que divide a sociedade, quase pôs fogo no paiol tomado por irritação e álcool: mistura explosiva em espaço destinado ao vascainismo.
Por fim, é mesmo como cunhou Fernando Lima, o popular Zé Colmeia, que já é “torcedor símbolo” do clube: “O Vasco é para quem acredita”. E, pasmem: mesmo com tanta incompetência, se multiplicam nos dias difíceis e são cada vez mais numerosos. E é deles o meu respeito e admiração.