Futebol

Jorge Rabello libera passo à frente dos goleiros em pênaltis

O dia do goleiro foi comemorado nessa terça-feira, dia 26, mas o presente veio um dia depois. Se depender do presidente da Comissão de Arbitragem de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Rabello, o famoso passo à frente dado pelos camisas 1 nas cobranças de pênalti está liberado. O dirigente revelou que, neste caso, a recomendação para os árbitros é não mandar voltar a cobrança. De acordo com o livro de regras da Fifa, durante a penalidade, o arqueiro deve permanecer sobre a linha do gol, podendo movimentar-se somente entre as traves:

- Pegue a última Copa do Mundo e veja quantas decisões de pênaltis houve, e nenhum pênalti voltou, absolutamente nenhum. Como a gente entende que goleiro não é helicóptero, fica muito difícil ele tomar impulso com os dois pés sobre a linha. É um pé sobre a linha e um pé para impulso, para o goleiro poder saltar. Um passo sobre a linha, a gente não vai mandar voltar (a cobrança) - disse, em entrevista à Rádio Brasil.

Para o ex-árbitro Arnaldo Cezar Coelho, que atualmente é comentarista da TV Globo, esse é um argumento já admitido pela arbitragem. Mas, segundo ele, só uma espécie de sensor poderia precisar com exatidão essa \"leve adiantada\" do goleiro:

- Quando o jogador bate na bola, o goleiro levanta um pé e se direciona para a direita ou para a esquerda. Esse hábito não é considerado se adiantar. Ele levanta o joelho esquerdo ou direito porque não tem como se movimentar, não tem uma cola. Esse é um argumento admitido pela arbitragem, mas é uma questão muito complicada.

Jorge Rabello lamentou o erro de arbitragem no gol do Fluminense durante o clássico contra o Flamengo, no último domingo, válido pela semifinal da Taça Rio, que terminou com vitória do Rubro-Negro nos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal. Na ocasião, o atacante Rafael Moura, em posição de impedimento, cabeceou para a rede:

- Foi um impedimento fácil de se marcar. Infelizmente, quem acompanha sabe por que ele (assistente Jackson Lourenço) errou, porque estava mal posicionado. É como futebol, você treina a semana toda, e às vezes acontecem erros. Infelizmente o Jackson errou em um impedimento que não era difícil de se marcar.

O presidente da Comissão mostrou-se chateado com as críticas do diretor executivo do Vasco, Rodrigo Caetano, à escolha de Luís Antônio Silva Santos, mais conhecido como Índio, para apitar a final da Taça Rio entre Vasco e Flamengo, que será realizada neste domingo, às 16h (horário de Brasília):

- Eu, como presidente da Comissão, não tenho o domínio do que pessoas pensam e falam. Realizamos o nosso trabalho. Discordamos, mas cada um tem direito a ter a opinião que quiser. Comentários antes dos jogos não acrescentam em absolutamente nada, não agregam nada. Mas o histórico dele (Luís Antônio) já explica. É um árbitro que dispensa comentários.

Fonte: Globo Esporte.com