Jorge Luiz: "Tem que ter vergonha na cara"

Em entrevista ao repórter Rodrigo Campos da Rádio Manchete, o zagueiro Jorge Luiz alfineta: "Tem que ter vergonha na cara."

Cobranças dos torcedores na rua:
"Eu fico triste, porque às vezes não dá nem vontade de você ir na rua, pois você sabe que irá escutar cobrança do torcedor que está insatisfeito pelo momento da equipe. Então é um pouco de vergonha sim, tem que ter vergonha na cara. Até mesmo pra tirar a equipe dessa situação."

O que os demais jogadores pensam sobre tirar o time da situação incômoda no campeonato:
"Eu acho que sim, eu acho que às vezes pelo fato de estarem com vergonha, do momento que o Vasco está, numa zona de rebaixamento, eu acho que não é legal para ninguém, ninguém gosta de estar ali, e você terminar um turno na zona de rebaixamento é complicado. Você tem que começar o outro turno tendo que sair dali e agora é aquilo: não tem mais outro jogo. Cada jogo que você... que passa, é menos um. Acabou, não tem o jogo de volta então tem que pensar desse jeito. Agora, cada jogo é realmente uma decisão. Não tem mais volta."

Sobre não ter mais tempo para "problemas psicológicos":
"Eu acho que essa coisa de problema psicológico, se você não tiver aqui, vai ter em outro lugar. Você tá tendo no Vasco, vai ter no São Paulo, ou em qualquer outro clube. Então tem que estar acostumado com esse tipo de problema, com a pressão, o jogador tem que ter personalidade pra poder atuar com a pressão. Ainda mais quando as coisas não acontecem. Quando as coisas não acontecem a cobrança é muito pior. Você tá ali quando o time tá bem, é muito fácil você sabe, botar a cara, e querer jogar, quando o time tá bem é muito fácil, você vai lá, joga, o time tá certinho. Mas é difícil é você num time numa situação dessa, onde tem a cobrança, todo mundo querendo resultado, a imprensa, os torcedores, diretoria, e você entrar dentro de campo sabendo que você tem que fazer um bom resultado."

Sobre alguns jogadores só quererem falar quando o time está bem no campeonato:
"Faz parte do trabalho, acho que assim como a gente tem o nosso trabalho, vocês vem aqui pra fazer o trabalho de vocês, acho que tem que ter um respeito com os jogadores, vocês tem esse trabalho de vocês, a gente compreende, então a gente vem aqui, às vezes o jogador que não tá com a cabeça legal, é até compreensível, mas sempre que puder atender, é o trabalho de vocês, a gente vai procura entender."