Categorias de base

Joia da base, Matheus Índio atravessa transformações em 2013

2013 tem sido um ano de grandes transformações para Matheus Índio (96), o principal meia armador das seleções de base do Brasil na atualidade. A última delas se deu em fevereiro, com Alexandre Gallo à frente da Seleção Sub-17 que jogará o Sul-Americano em abril. Em treinamentos na Granja Comary, Gallo fortaleceu a ideia que já é colocada em prática em Cotia e foi aperfeiçoada na última segunda-feira, em jogo-treino contra o time Sub-20 do São Paulo. Índio, camisa 10 de origem, foi transformado em volante.

A Seleção parte da premissa tática do 4-3-3 e no meio-campo, além dos são-paulinos Gustavo Hebling (96), volante mais defensivo, e Gabriel Boschilia (96), meia direita que encosta mais no trio de ataque, Matheus Índio fecha o lado esquerdo com maior incumbência na organização e, claro, no combate sem bola. “Identificamos que, na meia, ele recebia muito a bola de costas. O Matheus tem talento para jogar de frente, tem boa resistência física e se adaptou muito bem”, conta Gallo ao Terra.

Jogador de maior talento da geração ao lado de Robert (96), do Fluminense, e Alisson Azul (96), ex-Atlético-PR e hoje no Internacional, Índio sempre foi meia organizador, mas de chegada à frente. Assim foi campeão Sul-Americano Sub-15 em 2011 e campeão Carioca Sub-15 também de 2011, por exemplo. Segundo uma pessoa bastante próxima, ele avaliou como positiva a mudança sutil de posicionamento com Gallo. A bola passará mais vezes em seu pé, justifica.

O staff de Índio, que em fevereiro fez estágio no Arsenal, também gostou. Acredita que o jogador possa se tornar mais completo para o estilo de jogo inglês e, quem sabe, chamar a atenção da equipe londrina durante o Sul-Americano Sub-17. Espera-se que, em caso de atuações de impacto de Matheus na Argentina, o Arsenal faça uma proposta de compra pelo jogador. A capacidade de desempenhar diferentes funções no meio-campo certamente contribui nesse sentido.

A primeira transformação para Índio em 2013 foi jogar a Copa São Paulo, seu primeiro torneio de juniores, contra jogadores nascidos até em 1993. E foi muito bem. Depois fez estágios no Arsenal, em fevereiro, foi recuado de função, em março, e jogará o Sul-Americano Sub-17, em abril. Hoje no Vasco, volta e meia com salários atrasados, é um dos dois remanescentes do quinteto de ouro perdido em São Januário.

Mosquito (96) e Foguete (96) deixaram o clube para jogar por Atlético-PR e São Paulo, respectivamente, e Baiano, que se apresentava também como 96, teve farsa descoberta no ano passado e na realidade nasceu em 1992. O outro elemento que segue é Danilo (96), meio-campista com passagem pelo Vitória. É possível que Matheus Índio, o mais brilhante de todos e com direitos ligados à DIS, sequer vire profissional em São Januário em um ano de transformações.

Fonte: Blog Prata da Casa- Terra Esportes