Jogadores sentem falta da badalação em torno do milésimo
O milésimo gol faz bem ou não ao Vasco? Eis a questão que ainda toma conta do reino de São Januário. Apontada como um das grandes responsáveis por tirar o foco do elenco vascaíno nos últimos jogos, a expectativa pela marca histórica de Romário anda fazendo falta ao clube. Pelo menos, na opinião dos próprios jogadores, que não escondem o incômodo em ter de treinar sob quase nenhum holofote ultimamente.
Eliminado das duas principais competições do primeiro semestre - o Campeonato Carioca e a Copa do Brasil - e sem Romário, ainda em Miami, o elenco vascaíno treina sem alarde. As luzes e o batalhão de fotógrafos voltados para São Januário agora se dispersam nos rivais cariocas.
- O clima mudou, mas pode ser que, quando o Romário voltar, volte tudo também. Eu estava gostando de jogar com estádios cheios e muita mídia - reconhece Renato.
Até mesmo o cuidado excessivo da diretoria vascaína em torno da badalação do milésimo gol do atacante mudou. Se os fotógrafos antes deveriam trabalhar na arquibancada do estádio, agora a entrada no gramado foi liberada. Até mesmo a música que dava descontração ao ambiente enquanto o Baixinho treinava foi silenciada. E os inúmeros torcedores que compareciam aos treinos não são mais freqüentes e deixam a arquibancada praticamente vazia.
- É inevitável dizer que mudou o ambiente. Com a chegada do Baixinho, houve até um excesso de atenção, muitos em busca de reportagens. Antes dele, não havia isso - disse o atacante André Dias.
Com facetas de herói e vilão, a saga do gol mil continua à espera de seus próximos e, quem sabe, derradeiros capítulos.
AS MUDANÇAS
Fotógrafos: Enquanto Romário esteve em campo, os fotógrafos só puderam trabalhar na arquibancada.
Agora o acesso ao gramado está novamente liberado.
Repórteres: Por causa da expectativa em torno do milésimo gol, São Januário foi invadido pela imprensa de todas as partes do mundo.
Agora somente os repórteres do dia-a-dia do clube têm aparecido para fazer a cobertura
Torcida: Nas últimas semanas, a torcida compareceu em bom número para apoiar a equipe e a saga do Baixinho. Nada parecido com o clima atual de São Januário, que está vazio e melancólico.
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