Jogadores que não fizeram 7 jogos viram opções para outros clubes
A janela para trazer reforços do exterior está fechada, mas não significa que os clubes da Série A do Brasileirão precisam parar de contratar jogadores. Muitos atletas que estão disputando a competição ainda não completaram as sete partidas que os impediriam de mudar de equipe. Esse troca-troca ainda é possível até a 26ª rodada, que será disputada nos dias 28 e 29 de setembro. Como os jogos caem na terça e na quarta à noite, os times podem registrar suas aquisições junto à CBF no próprio dia antes de entrarem em campo.
O GLOBOESPORTE.COM fez uma pesquisa geral sobre os nomes mais importantes que ainda poderiam \"virar a casaca\" nesta segunda metade de 2010. Mas claro que nem todos sequer têm a intenção de trocar de time a essa altura do campeonato. Foram deixados fora da lista os atletas contratados recentemente.
GOLEIROS
Precisa-se de um camisa 1? Às vezes, basta olhar para o banco de reservas dos adversários para ver goleiros que já viveram dias de glória e que hoje amargam a suplência. É o caso, por exemplo, de Rafael, do Fluminense, que começou o Brasileirão como titular, já fez seis jogos e perdeu a posição para Fernando Henrique. Outro que iniciou a competição em alta foi Felipe, do Santos, mas agora aguarda uma brecha para retomar o seu espaço. Ele também já atuou em seis partidas.
Dois clubes têm pelo menos dois bons goleiros que já jogaram neste Brasileirão. No Internacional, tanto o experiente argentino Abbondanzieri quanto Lauro fizeram cinco partidas no campeonato. Mas a chegada de Renan fez com que ambos perdessem espaço. No Atlético-MG, Aranha e Marcelo atuaram quatro vezes cada um, porém o momento é de Fábio Costa, e eles ficam assistindo a tudo.
Um que ainda está disponível para trocar de ares é Michel Alves, do Ceará, mas, há três jogos, ele ganhou chance no time e dificilmente aceitaria sair do Vovô num bom momento. Outros goleiros conhecidos e respeitados aguardam uma oportunidade. É o caso de Renan, do Botafogo, Bosco, do São Paulo, Tiago, do Vasco, e Marcelo Grohe, do Grêmio. Deles, apenas o gremista conseguiu entrar em campo uma vez, pois os titulares Jefferson, Rogério Ceni, Fernando Prass e Victor não dão sopa para o azar.
LATERAIS
Muitos clubes suam para arrumar alguém que consiga desequilibrar pelos lados de campo. Alguns jogadores que podem dar mais qualidade às laterais e alas podem estar mais perto do que se imagina. Na direita, Moacir, por exemplo, chegou ao Corinthians com moral para disputar vaga com Alessandro e, justamente quando o titular estava machucado, ele se lesionou também. Agora, com o titular recuperado, a luta é para tentar um lugar no banco de reservas. Como só disputou dois jogos até agora, uma transferência poderia vir bem a calhar.
Ainda na direita, Joílson (3 jogos) está encostado no Grêmio. Ex-jogador de Botafogo e São Paulo, o lateral quase acertou sua transferência para o Atlético-PR, mas, depois de idas e vindas, o Furacão desistiu do negócio, e ele foi reintegrado ao Tricolor gaúcho e, neste momento, está se tratando no departamento médico. Outro que já teve dias melhores é Élder Granja (5 jogos). No Vasco, ele atualmente é o terceiro reserva da posição e dificilmente aparece no banco. Outras opções: Everton Silva, do Flamengo (1 jogo), Bruno Silva e Daniel, do Internacional (2 e 3 jogos), Márcio Gabriel, do Atlético-GO, (4 jogos), e Bruno Ribeiro, do Prudente, que se recuperou recentemente de lesão e passou a figurar entre os relacionados.
Do lado esquerdo, outro gremista aparece como opção. Uendel foi contratado quando Fábio Santos e Lúcio estavam lesionados. Ambos já voltaram, o segundo fez apenas duas partidas no Brasileirão e até poderia se transferir, mas o ex-atleta do Avaí só ganhou uma oportunidade na equipe e provavelmente receberia a ideia de sair do Olímpico com mais simpatia. Outro que também vem sendo esquecido é Jadílson, do Goiás (4 jogos). Dificilmente, o atleta fica no banco de reservas nos últimos tempos.
Léo, do Santos, até poderia deixar a Vila Belmiro, afinal tem apenas seis partidas disputadas, mas não deve ser o caso. Assim como os lesionados Ramon (4 jogos) e Ernani (5 jogos), do Vasco, que só deixariam o clube por uma proposta realmente irrecusável. Todos os três citados, porém, são contratações arriscadas, já que passam mais tempo no departamento médico do que no campo. Melhor seria apostar no garoto Gabriel Silva, do Palmeiras, que atuou seis vezes até o momento.
ZAGUEIROS
Se a sua defesa anda parecendo um queijo suíço, esta é a hora de ainda arrumar um zagueiro que imponha respeito aos adversários. Alguns candidatos a \"xerifões\" estão sofrendo para conseguir espaço em seus clubes. No Santos, a dupla de zaga titular é Edu Dracena e Durval, que não dão muito espaço. Com isso, nenhum dos suplentes completou sete partidas. Bruno Aguiar, o primeiro reserva, tem cinco jogos, Vinicius jogou uma vez, enquanto Bruno Rodrigo, que fez sucesso na Portuguesa, não teve uma única oportunidade no Campeonato Brasileiro.
E que tal um campeão brasileiro do ano passado? Álvaro acertou a zaga do Flamengo em 2009, conquistou a taça, teve problemas nesta temporada e acabou dispensado. No momento, ele se encontra sem clube. O garoto Welinton, revelado pelo Fla, já jogou seis vezes, portanto é outro que pode mudar de clube em caso de negociação. Ainda no Rio, Danny Morais (4 jogos) e Edson (2 jogos) têm poucas chances no Botafogo, o mesmo acontece com Cássio (2 jogos) no Fluminense. No Vasco, Titi voltou ao time titular, mas só fez seis partidas por ora. Fernando (6 jogos) e Cesinha (4 jogos) são outras possibilidades.
O paraguaio Cáceres desfalcou o Atlético-MG para defender sua seleção na Copa do Mundo e, por isso mesmo, entrou em campo apenas seis vezes e não conseguiu se firmar como titular. No Corinthians, Leandro Castan começou a ganhar chances e tem três partidas, mas ainda não é o suficiente para impedir uma transação. Já Renato, que quase foi para o Bahia, passou a ser relacionado para o banco, o que não acontecia há um bom tempo, tanto que ele ainda nem jogou no Brasileirão. Diego Sacoman, do Ceará (5 jogos), Valmir Lucas e Marcão, do Goiás (6 jogos cada), estiveram em baixa e viraram titulares recentemente. Outras opções para o setor são: Juan e Ronaldo Alves, do Inter (5 e 4 jogos), Leandro Amaro, do Palmeiras (1 jogo), Eli Sabiá, do Atlético-PR (2 jogos), e Gabriel, do Vitória (3 jogos).
VOLANTES
Problemas na proteção à zaga e na saída de bola podem ser a necessidade de um volante de qualidade numa equipe. Alguns ainda podem deixar algum adversário para defender uma outra bandeira na própria Série A. Um deles é Túlio Souza, do Botafogo, que fez quatro partidas ao todo. Ele normalmente fica no banco, mas está longe de ser a primeira opção de Joel Santana em caso de necessidade. Quem vive situação parecida é Elicarlos, do Cruzeiro (6 jogos), que é figurinha carimbada na suplência celeste.
Ferdinando, do Grêmio (5 jogos), vive às voltas com lesões nesta temporada. Ele não está na lista de dispensa do clube, porém vem perdendo espaço devido a esse problema. Situações parecidas vivem Fransérgio no Atlético-PR e Uelliton no Vitória, ambos com quatro jogos disputados. Já Maldonado (4 jogos) renovou contrato com o Flamengo após muitas especulações, mas segue esquentando o banco. Ainda no Fla, Rômulo (6 jogos) e Léo Medeiros, que está encostado e nem jogou, também precisam de uma oportunidade. Bóvio, dispensado pelo Ceará, é outro que não deu o ar da graça nos gramados da Série A.
Outras opções de volantes que poderiam trocar de clube: Roberto Brum, do Santos (2 jogos), Edu, do Corinthians (1 jogo), Thiaguinho, do Fluminense (2 jogos), Derley, do Inter (6 jogos), Batista, do Avaí (2 jogos), Rithelly, do Goiás (3 jogos), Maycon, do Guarani (5 jogos), e Erandir, do Atlético-GO (6 jogos).
MEIAS
Armar o jogo e criar oportunidades não são tarefas para qualquer um. Se este é o problema do seu time, fique de olho nos nomes a seguir. Pedro Ken surgiu bem no Coritiba, está no Cruzeiro desde o início do ano, só faltam oportunidades para mostrar seu futebol. Ele jogou seis vezes e está no limite para não poder mais sair da Raposa em 2010. Outro meia celeste não chegou à sétima partida. Gilberto, porém, só atuou quatro vezes, por causa de um problema muscular. Carlos Alberto, do Vasco (5 jogos), e Ramon, do Vitória (6 jogos), também entram e saem de lesões, mas uma mudança de clube é praticamente impossível.
Por falar no Rubro-Negro baiano, outros meias seriam mais facilmente convencidos a mudar de lado. São os casos de Fernando (6 jogos), Lenílson (6 jogos) e Renan Oliveira (4 jogos). Lopes (3 jogos), outro atleta que estava no Nordeste, deixou o Ceará e ainda não acertou o seu futuro. A conduta do jogador foi muito questionada pela diretoria alvinegra. Indo mais para o centro do país, Keninha (6 jogos) começou bem no Atlético-GO, lesionou-se e não voltou mais, enquanto Weslley (2 jogos) vem sendo pouco aproveitado.
Carlinhos Paraíba, do São Paulo (4 jogos), teve que superar uma transação mal sucedida com o Goiás. Ele acabou reprovado nos exames médicos e voltou para o Morumbi. Apesar de sempre figurar entre os reservas, dificilmente é escolhido para entrar nas partidas. Sérgio Mota não chegou a viver uma situação desagradável como a do companheiro, mas só jogou uma vez até agora. Para não ficar só no São Paulo, Sávio, do Avaí (5 jogos), também tem que aguentar a reserva quase sempre sem poder ajudar os companheiros dentro das quatro linhas.
Outras opções de meias, que poderiam ser negociados são: Equi González e Willians, do Fluminense (1 e 2 jogos), Alan Patrick, do Santos (4 jogos), Boquita, do Corinthians (3 jogos), Camacho, do Flamengo (6 jogos), Netinho, do Atlético-PR (5 jogos), e Fabiano Gadelha, do Prudente (4 jogos).
ATACANTES
Se o problema é a falta de gols, candidatos a artilheiros desfilam a sua habilidade e oportunismo nos bancos de reservas dos grandes clubes do Brasil. Basta observar direitinho para ver quais deles ainda têm seis partidas ou menos e poderiam mais tranquilamente ir para um rival. Nos tempos de Emerson Leão, Felipe esteve prestes a deixar o Goiás, mas acabou ficando e virou titular. Com apenas quatro jogos, ainda é possível convencê-lo a seguir outro caminho.
Outros titulares ainda não fizeram as sete partidas por um clube, casos curiosamente de Ronaldo, do Corinthians (3 jogos), e Obina, do Atlético-MG (6 jogos), cujas equipes não têm a menor intenção de liberá-los. As lesões atrapalharam os atletas, assim como Lenny, do Palmeiras (não jogou), e Rafael Coelho, do Vasco (2 jogos). Não seria surpresa, no entanto, se esses dois últimos decidissem por uma transferência em caso de recuperação total.
Um que esteve para sair de seu clube foi Edu (3 jogos), pouco utilizado no Internacional e que foi cogitado pelo Flamengo como reforço. Seu companheiro de Colorado, Marquinhos, tem quatro partidas, mas passou a ser mais usado nas últimas rodadas e ganhou fôlego no Beira-Rio. Outros atacantes com seis jogos ou menos são: Leonardo e Cristian, do Avaí (3 e 5 jogos), Bergson, do Grêmio (4 jogos), Marcelo, do Atlético-PR (3 jogos), Willian, do Prudente (5 jogos), e Adaílton, do Vitória (2 jogos).
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