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A entrada do público no Maracanã não é problema recente. Já foram constatados graves equívocos nesta área da organização, como na final da Copa do Brasil de 2004, entre Flamengo e Santo André, além de jogos mais recentes, como o confronto do Rubro-Negro com o Ipatinga, pela semifinal da mesma competição deste ano. Contudo, mesmo após alertas e reuniões, nada mudou até o momento.
O LANCE! fotografou as grades utilizadas para organizar a entrada dos torcedores no vazio clássico do último domingo. O esquema usado foi o mesmo que gerou problemas em ocasiões anteriores.
A Federação do Rio (Ferj) acena com uma solução: sugeriu ontem à Suderj a implantação de um curral de grades em ziguezague, da mesma forma que é feito em grandes eventos privados. Além disso, a entidade solicitou a instalação de mais sete roletas em cada um dos acessos à arquibancada. Mas não há garantias de que haverá tempo de implantar a mudança já para a partida de amanhã.
No dia 8 de agosto de 2004, em reunião organizada pelo LANCE! com autoridades envolvidas na organização de jogos, incluindo especialistas em entrada e saída de público, com experiência em eventos do porte do extinto Free Jazz Festival, o modelo de curral citado foi a sugestão dos especialistas que, no entanto, até hoje sequer foi testada.
Ainda em 2004, a CBF fez uma reunião semelhante, incluindo os clubes, e o presidente Ricardo Teixeira deixou claro que havia necessidade de aumentar o número de acessos do Maracanã. Mas nada foi feito.
Outro exemplo de problema com entrada mal organizada foi o último jogo do Flamengo na Copa do Brasil deste ano, contra o Ipatinga, que teve público próximo à quantidade de ingressos vendidos para o jogo de amanhã, com o atenuante de ser um jogo de apenas uma torcida. A confusão na entrada só foi controlada pelos policiais com o uso da força e spray de pimenta.
- SuperVasco