Inspirado em Dinamite, Sócrates sonha em presidir o Corinthians
Ícone da Democracia Corintiana, movimento que marcou época no futebol brasileiro no início dos anos 80, e considerado um dos maiores talentos da seleção comandada por Telê Santana, que encantou o mundo nas Copas de 1982 e 1986, Sócrates sempre foi diferenciado, com ou sem a bola nos pés.
Formado em medicina, o doutor Sócrates encantava tanto dentro de campo, com sua postura elegante, visão de jogo e seus famosos e inesquecíveis toques de calcanhar, quanto fora dele, por suas declarações marcantes, sempre embasadas e com fundo político.
Comentarista esportivo, Sócrates agora marca presença no mundo empresarial, cedendo seu nome a uma linha de produtos esportivos da Topper, empresa que o patrocinava desde a época de jogador e que traz aos dias atuais uma réplica da chuteira usada por ele no Mundial da Espanha, há 26 anos, além de outros artigos assinados pelo craque, como camisetas, tênis, bolas e mochilas.
Em entrevista exclusiva para a Gazeta Esportiva.Net, Sócrates foi abordado sobre o atual momento de duas de suas paixões: o Corinthians e a seleção brasileira. E não escondeu seu descontentamento com o modo como a camisa verde e amarela vem sendo tratada pelos ‘pupilos’ do técnico Dunga. “Não é de hoje que estamos agredindo nossa cultura futebolística. Nosso futebol não é esse”.
O lado político do Doutor também ficou evidente durante a conversa quando Sócrates foi abordado sobre a vitória de Roberto Dinamite nas eleições presidenciais do Vasco da Gama, a primeira de um ex-jogador de futebol na história do país. "Pode ser importante para contaminar outras áreas do esporte no país", opinou Sócrates, para, na seqüência, admitir um sonho bem recente, impulsionado justamente pela vitória de Dinamite: assumir um cargo diretivo no Timão. "Por que não?", questionou.
GE.Net – Você sempre foi uma pessoa muito ligada aos movimentos políticos, tanto que é um dos responsáveis pela Democracia Corintiana. Vê com bons olhos a vitória do Roberto Dinamite para presidente do Vasco, seguindo o exemplo do Michel Platini (francês, presidente da Uefa) e do Rumenigge (alemão, presidente do Bayern de Munique)?
Sócrates - Acho que pode ser importante para contaminar outras áreas do esporte no Brasil. Será uma mudança de filosofia interessante em termos de gestão, pois, para assumir cargos de gerenciamento no esporte, a pessoa tem que ter experiência dentro dele. O Platini e o Rumenigge foram escolhas naturais, pois estão levando para fora do campo a experiência que acumularam quando jogaram.
GE.Net - Você nunca pensou em exercer algum cargo diretivo no futebol?
Sócrates - Nâo era uma idéia muito forte não, até porque aqui no Brasil não se dava muita importância a isso, mas, no futuro, pode ser. Acho interessante, pois há eleição direta e eu participei disso. Penso em me aproximar e, quem sabe, ficar mais por dentro da situação do Coringão. Por que não?
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