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Independiente iniciará negociações e permanência de Benítez fica complicada

A indefinição sobre quem presidirá o Vasco a partir de janeiro tem influência direta na negociação que a atual diretoria trata como prioridade: a compra de Martín Benítez. De acordo com Jorge Damiani, diretor esportivo do Independiente, clube detentor dos direitos do camisa 10, Alexandre Campello tem até domingo para fazer uma proposta que atenda a pedida dos argentinos. Caso contrário, abrirá negociação com outros interessados.

- O Independiente espera até o fim de semana. E se não chegar nenhuma proposta do Vasco, e não houve nenhuma resposta até então, o Independiente já começa a negociar com outros clubes interessados. Há clube da MLS, da Turquia e outro grande do Brasil. Vasco tem a opção de compra, mas não responde a nada e está perdendo a opção - disse Damiani ao ge.

O Rojo quer US$ 4 milhões (cerca de R$ 20 milhões) por 60% dos direitos de econômicos, valor a ser pago em três parcelas: US$ 3 milhões em fevereiro e o restante no fim de 2021. O Vasco adota tom pessimista para tratar da possibilidade, e o presidente Alexandre Campello cita o impasse político como fator que afugenta potenciais investidores para ajudar o clube a viabilizar o negócio.

- Fiz uma proposta, eles tinham outro entendimento, e eu fiquei de tentar uma solução para atender o que queriam, sem, contudo, criar problemas para o Vasco. A gente tinha intenção de usar parcerias. Com o fato de não termos ganhado a eleição e a indefinição política, nenhum parceiro quer fazer negócio. Não há dinheiro para fazer a compra, não é prudente que a gente assuma compromisso sem estar na direção. A ideia era fazer parcerias, mas, diante disso, os parceiros não se mostram confortáveis - explicou Campello.

O presidente do Vasco, convicto de que não pode comprar Benítez no momento, tenta barganhar uma prorrogação do vínculo do argentino de 26 anos até o fim do Brasileirão 2020, previsto para fevereiro de 2021. A estratégia vascaína é pautada no fato de janelas de transferências não se abrirem por agora em função das mudanças de calendário em virtude da pandemia. E também no desejo do camisa 10.

- A gente continua tentando, não quer dizer que vamos conseguir. Estamos tentando usar o poder de convencimento para isso acontecer. De repente ele não fecha com a gente, mas também não recebe nenhuma proposta. Vai ficar parado até fevereiro? A vontade dele é permanecer aqui e temos a informação de que não quer voltar para o Independiente - argumentou Campello.

Jorge Damiani, porém, reforça que o Independiente está irredutível em relação à possibilidade de um novo empréstimo. Reitera ainda que há propostas mais interessantes.

- Estão chegando propostas melhores por Martín Benítez, estamos escutando. Vasco tem prioridade até os próximos dias, mas não se decide. Por empréstimo ele não continua. Vasco não decide, está complicado, e nós não queremos atrapalhar a carreira do menino porque há outras propostas melhores economicamente para o jogador e para o Independiente.

O diretor esportivo do Rojo afirma que esticaram a corda até o limite para esperar o Vasco a fim de respeitar o acordado em fevereiro, quando Benítez chegou à Colina por empréstimo. Hoje, porém, ele entende que os cariocas não têm condições financeiras de assumir a compra dos direitos econômicos.

- Estamos respeitando ao Vasco porque essa foi a palavra que demos ao presidente anterior. Há 15 dias que não temos uma resposta. Para mim, o Vasco não tem intenção de comprá-lo. Por mais que tenha chegado a mim por meio do representante dele que existe a intenção de comprá-lo por intermédio de uma pessoa, não chegaram respostas. Lamentavelmente não sei qual a situação financeira do clube, então estamos vendo outras opções - finalizou Damiani.

Fonte: ge