Torcida

Impunidade incentiva brigas, segundo Federação Paulista de Futebol

 Uma ordem administrativa da Federação Paulista de Futebol (FPF) impedirá que pelo menos três torcedores do Corinthians envolvidos nas brigas ocorridas no Mané Garrincha, na partida contra o Vasco, frequentem os estádios por 90 dias. Apesar da ordem administrativa, determinada após a identificação dos torcedores, a FPF acredita que uma ordem judicial teria mais força e, através do chefe do departamento de segurança, coronel Marcos Marinho, cobra punições mais severas. Para ele, os novos casos são reflexo da falta de medidas mais eficientes em casos anteriores (assista ao vídeo).

- Quando você comete um fato, logo em seguida isso tem que ser apurado e as pessoas punidas, com suspensão de ida aos estádios, enfim... Precisamos fazer com que a coisa funcione, com que seja sentida. Essa impunidade é que gera uma série de outras coisas, principalmente essas que vimos na última semana. Quer dizer: (o torcedor) briga porque sabe que não acontece nada - lamentou.

O episódio no Mané Garrincha, no último domingo, teve outras consequências. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal divulgou uma portaria impedindo o acesso das torcidas organizadas Gaviões da Fiel, do Corinthians, e Independente, do São Paulo, aos estádios de futebol e demais centros esportivos do DF. O Ministério Público pediu a extinção da torcida Gaviões da Fiel e dois torcedores identificados foram indiciados e vão responder na Justiça pela confusão: Leandro Silva de Oliveira e Raimundo Cesar Faustino.

Os dois estão na resolução da FPF, além de Cleuter Barreto Barros, também identificado pelas imagens da confusão em Brasília. O coronel Marinho explica que a ordem da entidade não tem o mesmo peso de uma ordem judicial, embora tenha sido a medida imediata para impedir a presença dos brigões nos estádios, decisão que já valeu para o duelo contra o Luverdense, na noite de quarta-feira, no Pacaembu.

- Como é uma ordem administrativa, eles não poderão entrar no estádio no futebol porque a instituição, a entidade Federação, não os quer lá. Se fosse uma ordem judicial, eles passam a responder por desobediência a uma ordem legal, de um juiz, de uma lei. Então existe uma diferença. Se vier uma ordem judicial, por exemplo, que ele foi punido e impedido de entrar no estádio por três anos e ele for surpreendido dentro ou tentando entrar, ele vai responder por crime de desobediência, um crime mais grave.

Fonte: Sportv.com