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Ídolos do Vasco fazem surpresa nos 70 anos de Clóvis Munhoz

Clóvis Munhoz completa neste sábado 70 anos de vida, 65 destes de São Januário e mais de 30 como médico do clube (de 1980 a 2015, com breve interrupção entre 2004 e 2008). Na condição de profissional do Vasco, sua paixão de infância, conquistou praticamente todos os títulos possíveis: oito Estaduais, três Brasileiros, uma Copa do Brasil, um Rio São-Paulo e uma Libertadores. Uma de suas maiores vitórias, porém, veio em 26 de maio, quando derrotou a Covid-19 após 62 dias de internação.

Leal aos amigos como o sobrenome da esposa, Monique, que lhe deu o primeiro beijo antes de deixar o Hospital Copa D'or, Clóvis foi homenageado por uma seleção de craques. Convidados pelo GloboEsporte.com a preparem uma surpresa, todos responderam prontamente.

Confira a escalação:

No gol, Carlos Germano e Jair Bragança. Mauro Galvão e Ramon Motta, lateral-esquerdo do atual elenco, representam a defesa. No meio, a bola rola redonda com Ernani, Bismarck e Geovani. Na frente, o time de Munhoz tem o oportunismo de Sorato e a genialidade de Edmundo, Romário e Roberto Dinamite. Pensa que esse esquadrão não é bem treinado? O time conta com dois comandantes: Sebastião Lazaroni e Evaristo de Macedo, dois dos grandes parceiros dele, também deram seus recados.

Mascote do Vasco nos anos 50, quando ainda criança entrava em campo ao lado de ídolos como Barbosa, Bellini e Coronel, Clóvis Munhoz não limita sua história em São Januário à medicina e à arquibancada. Foi campeão carioca aos 15 anos no futebol de salão e quase voltou ao clube para atuar no campo como lateral-direito em 1969. Priorizou os estudos e não se profissionalizou como atleta.

Por ser bom de bola, mesmo quando já atuava como médico do Vasco, quis trocar o jaleco pela prancheta ou pelas chuteiras em certos momentos. Durante pelada, quase tirou o maior ídolo do clube de um jogo por conta de uma chegada forte. Como lateral que se preze, cruzava bolas em treinamentos que terminavam em finalizações animais.

Já em partida oficial, solicitado por um treinador para entrar em campo, esfriar o jogo e pedir para a equipe marcar a saída de bola adversária, atacou de "professor", resolveu passar o recado à sua maneira e orientou: "recuem".

Mas você não lerá nas linhas a seguir essas e outras histórias. Vá ao topo do texto e clique no vídeo que reúne depoimentos engraçados e emocionantes. Há representantes de praticamente todos os títulos conquistados pelo Vasco de 1974 a 2011.

O isolamento social necessário impede, por ora, a aglomeração que Clóvis e sua família desejavam para comemorar uma data tão bonita e redonda, principalmente após a grande vitória sobre o Coronavírus. Mas 2021 é logo ali, e a festança, segundo o próprio médico garantiu em entrevista recente, vai acontecer com toda certeza. Parabéns ao grande vascaíno Clóvis Munhoz.

Fonte: (ge)