Ídolos de Vasco e Fluminense ficam na torcida na luta contra o rebaixamento

Vasco e Fluminense definem neste domingo seus destinos no Campeonato Brasileiro. Ameaçada pelo rebaixamento, a dupla carioca precisa vencer e ainda torcer por outros resultados para permanecer na Série A em 2014. Certo é que um dos dois não vai escapar da queda. Assim como é certo que a ausência dos ídolos Fred e Juninho Pernambucano dificultou ainda mais a caminhada das equipes na reta final da competição.

Ex-companheiros de Lyon e seleção brasileira, os dois estão vetados por causa de lesões musculares. Fred não joga desde o dia 31 de agosto. Juninho se machucou mais de dois meses depois, no dia 10 de novembro. Neste domingo, os dois ficarão apenas na torcida.

Juninho: fora desde 10 de novembro

Uma grave lesão muscular sofrida nos primeiros minutos da partida contra o Santos, dia 10 de novembro, determinou o fim da temporada de Juninho com a camisa do Vasco (veja no vídeo ao lado). Possivelmente o fim da carreira, já que ele ainda não descarta sua aposentadoria.

Desde aquele momento vivido no Maracanã, o ídolo deixou de ser uma esperança em campo para ser mais um torcedor do Vasco na luta contra o rebaixamento. Mas mesmo machucado, Juninho não deixou de ser atuante. Fora de campo, ele conversa frequentemente com jogadores, integrantes da diretoria e membros da comissão técnica para saber como tem sido a preparação do Vasco para cada um dos jogos decisivos na luta contra o rebaixamento. Enquanto isso, mantém a rotina de tratamento dentro e fora do clube, já que a previsão de recuperação é de cerca de três meses.

Juninho esteve no Maracanã para acompanhar a vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, dia 23 de novembro. Foi ao vestiário antes da partida incentivar os jogadores e assistiu ao jogo num camarote do estádio ao lado de diretores e integrantes da comissão técnica do Vasco. Na semana seguinte viajou para os Estados Unidos com a esposa. Na última quarta-feira, fez uma surpresa a Giovanna, sua filha mais velha, que estuda no país e completou 18 anos.

Dos Estados Unidos, Juninho manteve contato com funcionários do Vasco para saber como andava a preparação para o jogo contra o Atlético-PR. Na sexta, ele retornou ao Brasil para acompanhar o time na última partida do Campeonato Brasileiro. Mas em princípio optou por não ir a Joinville (SC) e, sim, acompanhar do Rio de Janeiro toda a rodada final da competição. Apesar do interesse pela rotina do grupo, o Reizinho também opta por um certo distanciamento, como forma de preservar a privacidade de todos.

- Não é o momento de falar muito, e sim esperar para depois tentar analisar a situação em geral - afirmou Juninho ao GloboEsporte.com.

Dessa forma, tem optado por não se expor muito, mesmo ciente da importância do seu papel para o elenco vascaíno e, principalmente, perante a torcida. Desde que Juninho se machucou, Cris assumiu a braçadeira de capitão e passou a ter seu papel de líder ainda mais fortalecido dentro e fora de campo.

Fred: fora desde 31 de agosto

O Fluminense começou a conviver com a ausência de seu principal jogador dois meses antes do Vasco. Na derrota para o Santos por 2 a 0 no Maracanã, Fred fez sua última partida com a camisa tricolor em 2013. No segundo tempo, o atacante tentou uma finalização e sofreu uma grave lesão no músculo reto anterior da coxa direita (veja no vídeo ao lado). Na saída do campo, ele já mostrava preocupação com mais uma lesão muscular.

- Senti na hora do chute. Machucar é sempre ruim. Preocupa para a temporada inteira, ainda mais com o time nessa situação - disse.

Em outubro, Fred chegou a iniciar a transição entre a fisioterapia e a preparação física no gramado das Laranjeiras. A lesão inicial estava curada. Foi quando o esforço para voltar a campo deu origem a um edema na coxa direita, próximo ao local do primeiro problema. Esse novo imprevisto foi determinante para tirar o atacante da temporada, já marcada como a sua pior pelo Tricolor: foram apenas 25 jogos e oito gols. Mesmo assim, Fred seguiu tendo contato diário com os jogadores nas Laranjeiras e agindo nos bastidores.

Mas só nos últimos jogos o atacante voltou a aparecer nos jogos do time, mesmo que apenas fora de campo. Esteve no vestiário antes da vitória sobre o Náutico e acompanhou o empate com o Atlético-MG de um dos camarotes do Maracanã. Torceu, xingou, gritou, mas nada pode fazer para impedir o resultado que deixou o Fluminense em situação delicada na rodada final.

Na última semana de treinos no ano, Fred teve pouco contato com o elenco. Mas não por sua causa: para fugir da pressão das Laranjeiras, onde o atacante faz tratamento diário, a diretoria levou o elenco para trabalhar de segunda a quinta-feira na Escola de Educação Física do Exército, na Urca. A presença do camisa 9 na Arena Fonte Nova para a última rodada não está confirmada. Desde a ausência do atacante, o volante Edinho assumiu a braçadeira de capitão.

- Fred tem dado sua parcela de contribuição mesmo fora da equipe, mas faz muita falta.  Ele contribuindo da maneira que for, mesmo fora, é mais um grande jogador para nos ajudar - resumiu recentemente o apoiador Wagner.