Política

Identidade Vasco divulga nota sobre reprovação das conta de 2018

Conselho Deliberativo reprova fake news do superávit

Alexandre Campello e sua equipe de autonomeados “craques” das finanças anunciaram, em 2019, que o Vasco tinha um superávit maior do que o do Palmeiras e o de um certo clube sem estádio da zona sul do Rio de Janeiro. Mesmo assim, no dia a dia do Vasco a realidade é de constantes solicitações de empréstimos (alguns contraídos sem aval do Conselho Deliberativo), salários atrasados, calotes em cima de calotes, que ameaçam até mesmo a permanência do Clube no Profut. Recentemente o próprio Alexandre Campello veio à público “revelar” que o Vasco precisa de R$ 200 milhões apenas para equilibrar o caixa, o que joga por terra o tal “superávit”.

Registre-se para a posteridade que o vice-presidente de finanças de Alexandre Campello chegou ao cúmulo de confessar ao Conselho Deliberativo, em 2019, que mesmo os calotes eram “parte de uma estratégia”.

A estratégia hoje fica clara: jogar dívidas para anos posteriores, a serem pagas, multiplicadas várias vezes em seu valor original, por “outra gestão”, sem qualquer compromisso com a entidade Club de Regatas Vasco da Gama.

Diante de tal descalabro, não restou alternativa ao Conselho Deliberativo, nesta quinta-feira (6), senão, atendendo à recomendação do Conselho Fiscal, reprovar, por 99 votos a 88, a peça de ficção apresentada como prestação de contas pelo senhor Alexandre Campello.

Outro registro é necessário: dos 88 votos favoráveis à aprovação das contas, cerca de 59 vieram dos beneméritos e grandes beneméritos (67%). Entre os conselheiros eleitos a reprovação das contas venceu de forma massacrante.

Isso se explica porque vários dos beneméritos e grandes beneméritos, em geral pessoas com valiosos serviços prestados ao Vasco, pensam que a reprovação das contas possa vir a prejudicar o clube.

No entanto, este é um mito fácil de desmascarar. Pela lei, o clube só é punido se não prestar contas. Se a diretoria do clube presta contas e o mecanismo de fiscalização interna da instituição (no caso do Vasco, Conselho Fiscal e Conselho Deliberativo) reprovar a prestação, isso, diante da lei, só traz consequências para a pessoa física responsável pelo desmando financeiro.

A reprovação de contas de uma gestão não é motivo de comemoração. Mas é motivo sim de comemoração resgatar uma época em que o Vasco não jogava para baixo do tapete seus problemas, primeiro passo para retomar uma trajetória de vitórias que faz parte do DNA vascaíno.

Fonte: Identidade Vasco