Categorias de base

Humberto Rocha explica baixo aproveitamento da base no Vasco

Reconhecido revelador de talentos, o Vasco vive realidade oposta em 2012. Além dos problemas recentes com fiscalizações do Ministério Público, as categorias de base passaram a ocupar um segundo plano no que diz respeito ao processo de integração com o elenco profissional. O clube resolveu promover três promessas - Jhon Cley, Marlone e Romário -, chegando ao número de nove atletas formados em casa no elenco principal. Ainda assim, está atrás de Flamengo, Fluminense e Botafogo.

No clássico contra o Rubro-Negro, no último domingo, o Cruzmaltino teve apenas Felipe como jogador oriundo da base entre os 18 relacionados pelo técnico Cristóvão Borges. A situação incomoda determinadas correntes do clube, que exigem um aproveitamento maior do departamento amador. Com as perdas de Diego Souza, Fagner, Romulo e Allan durante a janela de transferências, reforçar o grupo tornou-se fundamental. As categorias de base entraram novamente em pauta.

Os meias Jhon Cley e Marlone, além do atacante Romário, serão integrados ao elenco profissional após a disputa da Taça BH de Juniores, que termina no dia 2 de setembro. Os três se juntarão a outros seis formados em São Januário: Felipe, Jomar, Luan, Max, Dieyson e Jonathan. Os novatos possuem contrato profissional com extensão superior ao ano de 2014. Jhon Cley e Romário tiveram uma oportunidade cada no Campeonato Carioca. No último ano da sua categoria, Marlone ainda não teve chances.

O aproveitamento da base é inferior a qualquer outro grande clube do Rio de Janeiro, mas tratado com naturalidade pelos responsáveis no Gigante da Colina. Tirando Felipe, ídolo da torcida, raramente os jovens são utilizados entre os profissionais. Quem vem despontando nos treinamentos é o zagueiro Luan, que já chegou a integrar o banco de reservas.

“Acredito que se trata de questão de oportunidade. O profissional do Vasco tem muita qualidade e os garotos precisam de um pouco mais de tempo para treinar. Os outros clubes possuem mais dificuldades e precisam integrá-los rapidamente. Os três que vão subir já são trabalhados e vistos. Aos poucos, eles vão sendo lançados. Até o final do ano a safra no profissional será grande. Hoje a nossa metodologia é ideal pela qualidade do elenco profissional. Por isso, eles precisam esperar um pouco mais”, afirmou Humberto Rocha, gerente da base do Vasco, ao UOL Esporte.

A disparidade torna-se maior quando comparados os elencos, jogadores da base já integrados, além de medalhões que retornaram por um ou outro motivo. Só o Flamengo possui 20 atletas entre os profissionais. Ibson e o Imperador Adriano são alguns deles. Fluminense e Botafogo têm 13 cada. No Alvinegro, Cidinho é o principal destaque, enquanto no Tricolor das Laranjeiras, Wellington Nem dá as cartas. Após resolver as pendências com o Ministério Público e reformar os alojamentos de São Januário, o Vasco luta, agora, para reescrever a história e voltar a formar talentos. A necessidade é visível e a torcida aguarda pelos novos ídolos.


CONFIRA O APROVEITAMENTO DA BASE NOS GRANDES DO RIO DE JANEIRO

FLAMENGO - 20 JOGADORES
Goleiros - Paulo Victor, Cesar, Marcelo Carné e Douglas;
Zagueiros - Welinton, Marllon e Frauches;
Volantes - Airton, Muralha, Luiz Antonio e Ibson;
Atacantes - Adryan, Thomas, Negueba, Nixon, Fernandinho, Lucas, Matheus, Camacho e Adriano.
FLUMINENSE - 13 JOGADORES
Goleiro - Kléver;
Zagueiros - Digão, Elivélton, Leandro Euzébio, Wellington Carvalho e Wallace;
Meias - Fábio, Rafinha e Higor;
Atacantes Marcos Junior, Matheus Carvalho, Samuel e Wellington Nem.
BOTAFOGO - 13 JOGADORES
Goleiros - Milton Raphael e Andrey;
Zagueiro - Dória;
Lateral esquerdo - Renan Lemos;
Volantes - Gabriel, Jádson e Lucas Zen;
Meias - Jeferson, Vitinho, Cidinho e Rodrigo Dantas;
Atacantes - Willian e Sassá.
VASCO - 9 JOGADORES
Zagueiros - Jomar e Luan;
Laterais - Max e Dieyson;
Meias - Felipe, Jhon Cley e Marlone;
Atacantes - Jonathan e Romário.

Fonte: UOL Esporte