Futebol

História de Vasco e Fla é recheada de vira-casacas

O que têm em comum Yustrich, Jorginho, Júnior Baiano, Rondinelli, Gilberto, Andrade, Beto, Tita, Marcelinho Carioca, Bebeto e Petkovic além de poderem juntos formar um timaço? Se não sabe a resposta, é porque provavelmente você não faz parte de uma das mais acirradas rivalidades do futebol brasileiro. Mas, não só torcedores de Vasco e Flamengo, como também os conhecedores do mundo da bola sabem muito bem que essa seleção de jogadores faz parte de um grupo que brilhou com a camisa rubro-negra e depois foi defender a cruz de malta. Assim como Jean, contratado pelo clube da Colina nesta sexta-feira ( veja aqui a notícia sobre a negociação ).

Mas a relação dos vira-casacas rubro-negros não pára por aí. Entre craques e menos cotados, estão o goleiro Valter Goulart, os laterais Zé Maria e Charles Guerreiro, os zagueiros Válber e Zé Carlos II, os meias Zanata, Vítor e Fábio Baiano, os atacantes Sérgio Araújo, Marques, Cláudio Adão, Paulo César Caju e Edílson. Uma curiosidade é que goleiros aparecem em número bem menor nesta lista.

Engana-se quem pensa que só o Vasco contrata jogadores que passaram pelo rival. O Flamengo também tem sua seleção de ex-cruzmaltinos. Um pouco mais fraca, é verdade, mas recheada de jogadores de seleção: Kuntz, Luis Carlos Winck, Domingos da Guia, Ricardo Rocha, Leonardo Moura, Boiadeiro, Felipe, Juninho Paulista, Edmundo, Romário e Luizão. Ainda fazem parte da relação os zagueiros Célio Silva, Jorge Luís e Fernando, o lateral Pimentel e os meias William e Paulo Miranda e o atacante Almir Pernambuquinho.

A permissividade no vai-e-vem de jogadores entre os rivais tem um aspecto curioso que não se relaciona exatamente a transferência de clubes. Em 1993, no jogo de despedida de Roberto Dinamite, principal ídolo do Vasco, o herói maior da história rubro-negra, Zico, vestiu a camisa cruzmaltina, além de outro ídolo do Flamengo, Júnior, como uma forma de homenagear o adversário e colega dos gramados.

É bom lembrar que nem todos os jogadores que cruzaram o túnel do time da Zona Norte para o da Zona Sul do Rio de Janeiro, e vice-versa, foram citados. Mas os 42 são uma boa mostra de que juras de amor clubísticas nem sempre são eternas.

Fonte: Globo Online