Herói na Copa do Brasil, atacante supera momento difícil e volta a brilhar
A alegria de Eder Luis em São Januário após o treinamento de terça-feira não era só pela "homenagem" recebida dos goleiros pelo aniversário de 31 anos. As gargalhadas enquanto recebia ovos na cabeça e gozações dos companheiros refletiam também o alívio de quem teve a carreira em risco e, com muita paciência, deu a volta por cima. Domingo, na Arena da Amazônia, a tendência é que o atacante comece novamente no banco de reservas a semifinal do Estadual, contra o Flamengo, mas com a certeza de que voltou a ser útil. As quatro assistências na temporada provam isso.
Vítima de erros médicos ao operar o joelho, no início de 2014, Eder ficou mais de um ano sem entrar em campo quando defendia o Al-Nasr, dos Emirados Árabes. O Vasco, clube com o qual tinha contrato, deu mais uma chance. As cinco participações no ano passado foram discretas. O atacante que se apresentou para Jorginho neste ano, porém, era outro. Utilizado em 11 jogos, apenas três como titular, ele esteve em campo por 403 minutos e foi o garçom em metade dos oito gols marcados por Riascos. Apenas Nenê, com sete, tem mais assistências.
Na vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, domingo, em Manaus, lá estava ele, novamente decisivo em um título do Vasco. Remanescente do chamado "Trem Bala da Colina", foi dele o gol que garantiu o título da Copa do Brasil, sobre o Coritiba, em 2011. Desta vez, Eder Luis deu o passe para o colombiano, mas quase deixou sua marca ao acertar a trave de Diego Cavalieri em chute de longe. Mais uma volta por cima de quem teve que voltar ao Cappres e perder os quatro primeiros jogos da Taça GB por conta de uma pancada no tornozelo.
- Já conheço a grandeza dessa equipe, de ser campeão. Não é surpresa para mim. Fico feliz. É algo histórico. É uma equipe que foi rebaixada e a todo momento foi abraçada pelo torcedor. Essa é a retribuição que podemos dar - celebrou ainda em Manaus.
A via-crúcis de Eder até a volta da alegria com o título recente teve início no Oriente Médio, quando rompeu o menisco do joelho direito. A grave lesão o levou à Itália, no início de 2014, onde foi submetido à implantação de menisco de cadáver. O procedimento, que é raro no Brasil, terminou não sendo bem-sucedido.
O corpo do jogador rejeitou o enxerto da operação italiana e, além de um pequeno ajuste cirúrgico no local pouco tempo depois, o atacante voltou para mesa de um hospital. Na clínica do ortopedista Rene Jorge Abdalla, especialista em cirurgia de joelho, Eder retirou o implante e realizou outra operação no fim de 2014. Recuperado, voltou ao Vasco quase seis meses depois, mas teve que ter paciência ter a certeza de que poderia, sim, ser útil.
Paciência, Eder vai ter que ter novamente até conquistar um lugar definitivo na equipe. Jorge Henrique, por sua versatilidade, e Riascos, artilheiro da temporada, são absolutos com Jorginho. Essa virtude, entretanto, o atacante já mostrou que tem. E o treinador já sabe: domingo, às 16h (de Brasília), na Arena da Amazônia, se precisar, o filho do "Trem Bala" está ali, cheio de gás para fazer o Vasco voltar a trilhar o caminho de um título.
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