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Hélton gostaria de levar o milésimo gol de Romário: confira a entrevista

Titular do técnico Dunga nas últimas convocações, o goleiro Hélton, do Porto, revela em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, um desejo um tanto inusitado para um jogador da sua posição: sofrer um gol. Claro, não seria um gol qualquer, mas, sim, do veterano Romário.

- Torço muito por ele (Romário) e admiro o que fez e o que faz. Acima do bem do mal, ele é o cara mesmo. Adoraria tomar o gol 1.000 dele – diz Hélton.

Com mais de 100 partidas disputadas no futebol português desde 2003, o ex-goleiro do Vasco fala também no bate-papo (feito por e-mail, de Portugal), sobre Felipão, o ex-desafeto e ídolo do Porto, Vítor Baía, e sobre e ser amor por pagode. Paixão tanta que o jogador tem, inclusive, uma banda do estilo.

GLOBOESPORTE.COM: Quando o Felipão, hoje técnico de Portugal, era treinador da seleção brasileira, você teve poucas, ou nenhuma, oportunidade com ele. Fica alguma mágoa?
HÉLTON: Nenhuma. Opção é opção. Temos que trabalhar r buscar nosso espaço. É claro que o fato de você ter trabalhado com o treinador ou alguém próximo a ele ajuda a ser lembrado. Mas o trabalho é a solução para tudo.

GLOBOESPORTE.COM: Atuando em Portugal há um bom tempo, você conhece como poucos o futebol na Terrinha. Existe algum jogador, que atue no futebol do país, que o Brasil precise ter atenção?
HÉLTON: Portugal tem um futebol muito bom. A Copa do Mundo provou isto com a boa campanha que fizeram. Acho que os mais conhecidos são os mais perigosos, mas não sei se o Felipão vai convocá-los.

GLOBOESPORTE.COM: Em relação ao Pepe, seu companheiro de time. Como ele está lidando com essa polêmica dele se naturalizar para jogar na seleção de Portugal? Na sua opinião, ele teria condições de jogar no time do Brasil? Ele está no mesmo nível de jogadores como Lúcio e Juan, por exemplo?
HÉLTON: Ele é um grande jogador e está numa ótima fase. O Brasil tem grandes zagueiros e cada um faz o seu. Portanto, prefiro não opinar sobre isto. Quanto a como ele está lidando, sabe que ele nem fala nisto!

GLOBOESPORTE.COM: E o Vítor Baía? Sua relação com ele é boa? Afinal você barrou o cara, que era uma lenda por aí...
HÉLTON: Maravilhoso cara. Amigo, respeitador. Um amigo que ganhei com minha vinda para cá.

GLOBOESPORTE.COM: E a concorrência na meta da seleção brasileira? Júlio César, Gomes, Dida...existe mais algum “inimigo” nessa disputa?
HÉLTON: O Brasil está muito bem servido. São todos grandes goleiros, mas nome não ganha posição. Se não trabalhar e for bem, fico de fora. Caso contrário, boto minhoca na cabeça do treinador.

GLOBOESPORTE.COM: Você ainda acompanha o Vasco? E o Baixinho? Ele sempre te cita como um dos grandes goleiros com que atuou...o que você acha dessa insistência dele em marcar os 1.000 gols?
HÉLTON: Sempre que posso me ligo no Vasco. Tenho amigos no clube até hoje. Quanto ao Romário, ele é um grande amigo, figura genial e que sempre me deu força. Torço muito por ele e admiro o que fez e o que faz. Acima do bem do mal, ele é o cara mesmo. Adoraria tomar o gol 1.000 dele!!! Desde que não fosse em decisão (risos).

GLOBOESPORTE.COM: E o pagode? Como está o Toque Social? Quais jogadores do elenco aí do Porto que te acompanham sempre nas suas rodas de pagode e música?
HÉLTON: O grupo vai indo bem. Ainda estamos começando, mas os moleques têm talento. Estamos com um cd experimental e queremos explodir aqui também. Em relação as jogadores, os que me acompanham mais são os brasileiros (Ibson, Anderson, Pepe...). Os portugueses gosta, mas ficam de fora.

Fonte: ge