Grupo tenta o afastamento de Alexandre Campello
Do calor de Bangu, Alexandre Campello pode ter o refresco sempre bem-vindo na quente política do Vasco. Com um alvo nas costas, o presidente sonha em ver o Cruz-Maltino conquistar a quarta vitória seguida no Estadual, nesta quarta-feira, às 17h, contra a Portuguesa, em Moça Bonita. Somente bons resultados em campo podem dar a tranquilidade para o dirigente trabalhar.
Na terça-feira, ele teve de lidar com uma ameaça do grupo Casaca, de Eurico Miranda. Em uma postagem em seu site, ele cobrou que o presidente divida os louros do vice-campeonato da Copa São Paulo Júnior com a gestão anterior. No final, o texto diz que o dirigente pode chorar lágrimas de crocodilo se não mantiver o equilíbrio político entre as partes.
Ao mesmo tempo, Campello é alvo de mais uma movimentação da Identidade Vasco, grupo com quem rompeu em maio do ano passado e que desde então faz oposição à gestão. O Conselho Fiscal do clube, presidido por Edmílson Valentim, da Identidade, alega gestão temerária e falta de transparência da diretoria, e notificou o presidente extrajudicialmente para ter acesso aos documentos sobre as movimentações financeiras.
Para completar, ele pede que a venda de Paulinho para o Bayer Leverkusen seja apurada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Tudo isso abre caminho para um movimento que culmine no pedido de afastamento de Campello.
Há ainda a Sempre Vasco, liderada por Julio Brant, que aguarda a decisão judicial sobre a eleição de 2017. O grupo adotou postura mais discreta, mas ainda espera anular o pleito alegando fraude.
Na noite de terça-feira, o presidente do Vasco se manifestou a respeito da notificação do presidente do Conselho Fiscal. O dirigente reclamou do que chamou de "lamentável uso político da prerrogativa de Presidente de um Poder do Clube com o único intuito de tentar desestabilizar a gestão, sem qualquer preocupação com os evidentes danos à imagem da Instituição e tampouco com os riscos a negociações em curso com potenciais patrocinadores e investidores".
Fonte: Extra