Grupo promete buscar a vitória, mesmo sem precisar
O Vasco enfrenta hoje, às 15h, o Corinthians-Al, no Estádio Nelson Feijó, em Maceió, tentando carimbar o passaporte para a semifinal da Copa do Brasil. E mesmo podendo perder por até três gols de diferença para o modesto time alagoano, em São Januário o jogo foi tratado com ares de final de Copa do Mundo. Pelo menos o planejamento da diretoria e da comissão técnica, após o jogo contra o Internacional, em Porto Alegre, comprova isso.
A delegação voltou do Sul no domingo à noite para o Rio. Treinou na manhã seguinte às 8h. Depois embarcou para Maceió com o time reforçado por Edmundo. No treino de ontem, além do tradicional recreativo, o técnico Antônio Lopes fez um trabalho técnico com a defesa. Especialmente com Luizão, substituto de Eduardo, que contundiu o tornozelo esquerdo e nem viajou. A preocupação do técnico é a bola aérea, um dos pontos fracos da equipe. E mesmo com a classificação praticamente na mão, os jogadores pregam respeito ao adversário.
– A vantagem vai dar tranqüilidade ao Vasco, não passividade – argumentou o atacante Leandro Amaral, que voltará a jogar hoje com Edmundo.
Completamente recuperado da virose que o deixou fora de combate na estréia no Campeonato Brasileiro, o Animal acredita que o time deve jogar com o regulamento debaixo do braço.
– O mais importante é a classificação, muito mais do que até o resultado. Mas uma vitória vai nos ajudar a resgatar a auto-estima depois da derrota em Porto Alegre.
Caldeirão alagoano
Apesar de estar distante do Rio, o Vasco terá a maior parte da torcida no jogo de hoje. Dos 3.000 ingressos colocados à venda no pequeno Estádio Nelson Feijó, a maior parte deles será de vascaínos. Uma amostra da paixão pelo clube no Nordeste foi dada no treino de ontem. Mais de 200 torcedores prestigiaram a equipe. Edmundo foi o mais assediado, juntamente com os dois filhos da terra: Morais e Wagner Diniz. Revelados no CRB, os dois receberam o carinho dos familiares, que fizeram questão de assistir ao treinamento. Seus nomes foram gritados várias vezes e, no final, ambos foram cercados por torcedores para tirarem fotos e darem autógrafos.
– Estou muito feliz de estar novamente em casa – disse Morais, que chegou ao Vasco com apenas 12 anos, quando começou a treinar nas categorias de base.
– Estão aqui meus amigos, colegas e parentes. Faz tempo que esperava por isso - disse Wagner Diniz, em tom emocionado.
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