Governo enriquece Estadual do Rio, 100
No centenário da competição, os 12 times participantes do Estadual do Rio tiveram seus orçamentos inflados por incentivos financeiros de prefeituras, do Estado e da União. No total, o investimento governamental para clubes fluminenses em 2006 pode chegar a R$ 43,7 milhões.
O valor ajudará as equipes na volta de Eduardo Viana à Federação do Rio, após afastamento judicial, e na reabertura do Maracanã, fechado por oito meses em 2005. O torneio começa sábado.
A maior parte do dinheiro deve ser de renúncia fiscal do governo do Estado. Baseado em Lei de Incentivo à Cultura e ao Esporte, sancionada pelo então governador Anthony Garotinho, ele deve abrir mão de ICMS para ser investido em clubes. A governadora Rosinha Matheus (PMDB) é mulher de Garotinho.
Amanhã, representantes do Estado se reúnem com empresários para fechar o projeto, já aprovado pelos clubes. A idéia é destinar até R$ 15 milhões aos times.
O governo ainda investirá cerca de R$ 13 milhões em ingressos do Estadual (R$ 5 milhões) e do Brasileiro (R$ 8 milhões). Com notas fiscais, os bilhetes serão revendidos por R$ 1, repetindo promoção do ano passado que tornou o campeonato sucesso de público.
\"Primeiro, estamos incentivando as pessoas a pedir notas. Depois, ajudamos o futebol do Rio, que tem problemas\", disse o secretário estadual de Esportes fluminense, Francisco de Carvalho.
Do governo federal, a ajuda vai ser direcionada para o Flamengo. Com o contrato de patrocínio com a estatal Petrobras, que já dura 20 anos, o clube receberá R$ 13 milhões neste ano.
\"É uma forma de ajudar à sociedade, com a alegria no futebol. É como investir no turismo\", defendeu o presidente rubro-negro, Márcio Braga.
Quase todos os times do interior ganham mesadas das prefeituras locais. Americano, Cabofriense, Nova Iguaçu e Volta Redonda têm apoio de seus municípios.
Os pagamentos mensais, que se estendem pelo ano inteiro, variam de R$ 50 mil a 70 mil. No total, os quatro recebem R$ 2,7 milhões. \"Usamos o logo da prefeitura e divulgamos o nome da cidade\", disse o presidente do Cabofriense, Valdemir Mendes.
O dirigente do Americano, César Gama, lembrou que tem até de se equilibrar entre as correntes políticas, já que recebe da prefeitura de Campos e do governo do Estado, que são inimigos. \"Ainda bem que me dou bem com os dois lados\", disse.
A ajuda da prefeitura de Nova Iguaçu de R$ 600 mil ao clube homônimo é questionada pelo Ministério Público. \"A iniciativa deu certo em outras cidades, como São Caetano, Santo André e Volta Redonda, cujas prefeituras investiram e trouxeram auto-estima do torcedor\", justificou o prefeito de Nova Iguaçu, Lindenberg Farias (PT).
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