Governador do Rio pede profissionalização
Antes de ganhar a camisa 10 do Flamengo com seu nome às costas, o governador Sérgio Cabral teve de escutar um pedido feito pelo presidente em exercício, Delair Dumbrosck: o de ajudar o futebol carioca a retomar a hegemonia no futebol brasileiro. A resposta do líder do estado veio minutos depois de maneira enfática: a de profissionalizar o futebol rubro-negro e dos outros clubes cariocas.
Antes de entregar a camisa, Delair disse que o Flamengo seria o campeão do Brasileiro, que administrar o clube era tão ou mais difícil do que administrar o estado e, em seguida, fez o pedido.
São Paulo não pode mandar como manda. O Rio precisa recuperar a sua hegemonia disse Delair.
Após algumas brincadeiras e um discurso inicial, Sérgio Cabral entrou de sola na briga pela profissionalização do futebol.
Nós temos o melhor futebol do mundo. É uma injustiça, eu sócio do Flamengo, com mais duas mil ou três mil pessoas que estão na piscina, decidir o destino do time de maior torcida do Brasil. No meu Vasco também acho injusto apenas alguns sócios decidirem o futuro. É preciso uma nova estrutura do futebol. Uma estrutura superavitária, em que o clube seja tratado como empresa, assim como na Europa. Falta profissionalizar a estrutura política dos clubes. O São Paulo não está aí à toa.
Lá existem regras e há estrutura. Não é a ideal, mas é a que mais se aproximadisso. Os empresários estão aí como em qualquer outra atividade financeira. Os clube é que tem de se preparar. A Lei Pelé foi a grande carta de alforria desses atletas reféns de uma estrutura antiga disse o governador, levantando a voz em alguns momentos e sendo enfático ao falar que os atuais dirigentes precisam mudar de postura.
É difícil, mas é preciso perder o poder e profissionalizar os clubes no Brasil. Senão, vamos chover no molhado disse Sérgio Cabral.
Outro assunto abordado por ele foi sobre o Maracanã, lembrando que já existem diversos interessados no edital para administrá-lo.
Não é tarefa do governo administrar o Maracanã. O governo cuida de saúde, educação, saneamento básico. Temos de colocar o setor privado para fazer os investimentos disse Sérgio, lembrando que o ex-governador Marcelo Alencar já havia lhe dito que ter poder no Rio é dar o portão 18 do Maracanã.
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