Gols e faltas em excesso

O confronto de ontem entre Vasco e Corinthians teve todos os ingredientes de um verdadeiro clássico do futebol brasileiro: emoção, gols e expulsões de sobra.
O que mais chamou atenção no acirrado duelo, porém, foi sua quantidade de faltas: 61 (30 cometidas pelo time carioca e 31 pelo lado paulista). O número excessivo de infrações acabou por acarretar em cinco expulsões: Jorge Luiz, Fábio Braz e Cássio, pelo Vasco, e Xavier e Rafael Moura, pelo lado corintiano.

Além dos jogadores que deixaram o gramado mais cedo, outros cinco atletas foram advertidos com o cartão amarelo.

Apesar de ter tido uma atuação razoável, o árbitro Clever Assunção Gonçalves poderia ter tirado o cartão vermelho mais duas vezes do bolso. O vascaíno Ygor e o corintiano Roger deram carrinhos desleais e contaram com a conivência do homem do apito.

A dupla de volantes do Vasco, por sinal, foi combativa ao extremo.

Juntos, Andrade e Ygor cometeram 12 faltas (seis cada), o que corresponde a 40 % do total de faltas do Gigante da Colina. Já Morais, que não cometeu uma falta sequer, sofreu. O apoiador cruzmaltino foi derrubado oito vezes por seus marcadores.

Do lado corintiano, o atacante Rafael Moura foi o jogador que mais faltas cometeu: seis. Por outro lado, o habilidoso e insinuante Carlos Alberto foi marcado de forma irregular por oito vezes.

Decisivo. Em uma partida equilibrada e decidida nos detalhes, a bola parada foi fundamental. Com dois pênaltis do goleiro Cássio em Nilmar, o Corinthians fez os gols que o levou à brilhante virada. O camisa 9 do Timão apareceu no momento crucial do jogo e foi derrubado duas vezes pelo arqueiro cruzmaltino nos minutos finais.

A segunda infração, além de ter definido o placar, acabou custando caro a Cássio, que recebeu o vermelho e não poderá defender o Vasco na próxima rodada, contra o Botafogo. Coube ao lateral-esquerdo Diego a missão, não cumprida, de evitar o quarto gol do Corinthians.

O atacante Nilmar, por sua vez, provou sua importância para a equipe paulista. Mesmo sem ter marcado gols, já que os pênaltis que sofreu foram convertidos por Carlos Alberto e Marcelo Mattos, Nilmar foi decisivo.