Ginástica: Petrix Barbosa aposta em treino nos EUA de olho em 2020
O ano novo chegou mais cedo para Petrix Barbosa. Depois de ficar fora da Olimpíada do Rio de Janeiro, o ginasta do Vasco deu início ao treinamento para a temporada 2017 com uma aposta para retornar à equipe titular do Brasil. Ele arrumou as malas e foi para Miami treinar por dois meses com o cubano Yin Alvarez, um dos principais técnicos dos Estados Unidos. O intercâmbio, que pode ser estendido, resgatou a confiança de Petrix, que virou a página após um ciclo olímpico prejudicado por lesões e pela falta de um clube entre o fim do projeto do Flamengo, em 2013, e a contratação pelo Vasco, neste ano.
- Fiquei fora dessa equipe olímpica. Me doeu muito, mas muita coisa se passou nesse ciclo. Foi muito difícil para mim. Fiquei sem clube por três anos, tive muitas lesões, quando arrumei um clube, meu técnico (Renato Araújo) virou chefe da seleção, o que é bom, mas perdi meu técnico particular. Ficou uma coisa meio aberta para mim. Aqui em Miami estou buscando um suporte individual, alguém que está trabalhando comigo e que acredita muito na minha ginástica, até mais do que eu mesmo acreditava. Estou vivendo uma experiência muito feliz. Me sinto melhor do que em outros anos. Já passou 2016. Estou em 2017. Meu próximo passo é o Mundial do ano que vem e assim sucessivamente até chegar à Olimpíada de 2020 - contou o ginasta.
Petrix esteve na equipe do Brasil no título dos Jogos Pan-Americanos de 2011, no Mundial de 2011 e no evento-teste dos Jogos de 2012. Ele acabou perdendo espaço no time no ciclo dos Jogos do Rio, mas o convite de Yin Alvarez o fez recuperar o ânimo para uma nova corrida olímpica rumo a Tóquio. Conhecido como Técnico Yinsanidade por seu show à parte quando seus ginastas se apresentam, ele é treinador e padrasto de Danell Leyva, astro do time americano e dono de duas pratas na Rio 2016. O paulistano de 24 anos é amigo de Yin e Danell desde as categorias de base.
- O Yin já tinha feito vários convites para treinar aqui, inclusive para morar aqui em Miami. Tentei vir outras vezes, mas por diversos motivos não consegui vir. Agora encontrei a oportunidade perfeita. Vim me preparar para o Brasileiro de novembro. Assim que liguei para ele, não pensou duas vezes. Ele disse: “Vem, vou te ajudar em tudo o que você precisar nesses dois meses. Depois vemos o que fazemos no futuro.” O Yin me recebeu de braços abertos - disse o vascaíno.
O técnico até abriu sua casa para Petrix. Dá carona para os treinos, trata o brasileiro como um filho. Uma ajuda e tanto para o ginasta conseguir se manter em Miami - ele conta com os patrocínios pessoais da Embratel, da Furnas, do Governo do Rio de Janeiro, além do patrocínio da Caixa pela CBG e do Bolsa Pódio do Ministério do Esporte. Em pouco mais de 20 dias de treino nos Estados Unidos, o vascaíno acredita que já evoluiu sob o comando de Yin Alvarez e até pensa em medalha no Japão.
- Minha confiança na ginástica está sendo resgatada passo a passo. É cedo para falar de Olimpíada. Sei que em um piscar de olhos já chega 2020. Meu objetivo vai ser muito além de conseguir uma vaga olímpica, vai ser de conseguir o melhor resultado que o Brasil já teve. Esse é o olhar que o Yin está me ensinando a trabalhar aqui, de buscar o máximo de medalhas que o meu talento me permitir disputar, como aconteceu com o Danell. Quero chegar à Olimpíada como protagonista, não como um participante.
O primeiro passo de Petrix para se tornar um protagonista da ginástica é no Campeonato Brasileiro, entre 8 e 13 de novembro, em São Paulo - vai ser a primeira competição dele defendendo o Vasco. Ele também tem chances de estar na equipe para o Sul-Americano de Lima, no Peru, entre 15 e 20 de novembro.
Fonte: geMais lidas
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