Futebol

Gilmar Ferreira: "O segredo de um time grande é a força de sua torcida"

Em entrevista coletiva concedida em São Januário na manhã de ontem, o meia Juninho Pernambucano chegou a mencionar que o atual grupo de atletas do Vasco é mais comprometido do que o de 2011, que conquistou o título da Copa do Brasil e que brugou até o fim pelo título brasileiro.

O jornalista Gilmar Ferreira, durante participação no Programa Caldeirão Vascaíno, da Rádio Livre Am 1440, da última segunda-feira(16/09), se aprofundou um pouco mais ao falar da questão do comprometimento, e disse que os atletas foram até o seu limite. Gilmar aproveitou para destacar a importância do apoio da torcida nesse momento difícil que o clube atravessa:

“Os jogadores mostraram comprometimento até onde deu, esticou a corda e  a corda arrebentou, ninguém gosta de trabalhar sem receber, então os jogadores pediram para serem liberados, outros até entraram na Justiça contra o Vasco, agora está no processo de remontagem de elenco. É difícil, trabalhoso, mas é preciso ter calma e tranquilidade para que o Vasco não ponha tudo a perder, a torcida do Vasco precisa jogar junto, mesmo contrariada com o Dorival, mesmo achando que o Dorival está mexendo mal, mesmo que Dorival esteja escalando mal, mesmo não entendendo algumas opções, apesar de tudo isso, a torcida tem que segurar o time e carregar no colo, pois em 2014 será outro ano e outro trabalho, e o Vasco tem tudo para fazer uma pré-temporada muito diferente do que foi a virada de 2012 para 2013.”

Gilmar analisou também o trabalho do técnico Dorival Júnior desenvolvido até agora, e voltou a dizer que a torcida precisa apoiar o time, independente se concorda ou não com os métodos empregados por Dorival e a comissão técnica:

“É muito difícil um técnico trabalhar e ter seu trabalho julgado sem ter tempo de treinar coletivamente seus jogadores. O Vasco fez 7 jogos em agosto pelo Campeonato Brasileiro, fora a Copa do Brasil. Empatou 4, perdeu 3 e venceu 1. Um setembro, já fez 5 partidas, perdeu 3, empatou 1 e venceu 1.  Dos jogos de agosto e setembro são 12 jogos, os números poderiam mostrar que o trabalho seria uma porcaria, mas não é assim. Quando você ganha a condição de jogar na quinta-feira, você acaba tendo um dia útil para fazer um trabalho, é pouco. Quando você está montando um time, o jogador tal é expulso, o jogador X é suspenso, o jogador Y se machuca. Você tem que repensar mais o seu time, e o Dorival está tentando montar o time na base dos jogadores jovens, com Willie e Marlone. É absolutamente normal que esses jogadores oscilem até que amadureçam, acho interessante que o Vasco resguarde, ou Marlone ou Willie, para o segundo tempo. Eles estão muito afoitos para resolver o problema, e não é assim, futebol é um esporte coletivo. O trabalho do Dorival pode não ser o ideal para os anseios da torcida do Vasco da Gama, a torcida não deve entrar nessa ciranda de culpar o Dorival por tudo e de querer tirar o Dorival, é pior para o Vasco. O Vasco vai ter que pagar o salário do Dorival, vai ter que ir ao mercado e não há grandes opções, as que têm são caras e não querem pegar essa furada, técnico nenhum pegaria um trabalho no meio do caminho. O papel da torcida será fundamental, mesmo contrariada, tem que apoiar, empurrar o time, pois sem apoio, time nenhum vai para a frente, o segredo de time grande é a força de sua torcida.”

Por: Cesar Augusto Mota
 

Fonte: SUPERVASCO.COM