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Gilmar Ferreira fala sobre a situação de Andrey Santos

O Vasco ainda tem problemas para entregar no segundo turno a ótima campanha que cumpre até aqui na Série B.

E o principal é daqueles casos protegidos pela lei que pune clubes formadores em favor da liberação dos direitos econômicos de jogadores de "meia-confecção".

E o personagem em questão é o volante Andrei Santos, de 18 anos, que apesar da pouca idade deu ao time a qualidade que faltava na saída de bola.

Criado em São Januário desde os seis anos, com convocações na base da CBF desde os 13, o capitão da seleção sub 20 está no radar dos gigantes europeus.

E até aí tudo bem, porque é o que ocorre com todos os bons jogadores que se sobressaem com esta idade no futebol brasileiro.

Só que o volante vascaíno tem contrato até agosto de 2023, e se não ampliar o compromisso, como deseja a diretoria do Vasco, poderá sair de graça em 2023.

É justo? Claro que não.

Mas é o que acontece com frequência com os mais promissores que "vendem" a gestão de suas carreiras a empresários de penetração no mercado europeu.

Estes agentes, quando os meninos despontam nos times profissionais ou nas seleções de base, endurecem a renovação de contrato com o clube formador.

Por vezes, se negam até a discuti-la, optando pelo desligamento, sem ônus, ao término do vínculo.

E é geralmente ao final do contrato como amador, aos 18 anos, ou ao fim do primeiro acordo profissional, aos 21.

Por isso, a maioria dos clubes se vê obrigada a já negociar sua jóia um ano antes do término do contrato.

Se não fizer isso, corre risco de perder o jogador e não receber nada em troca.

Como foi o caso do atacante Marcos Paulo com o Fluminense, em 2021, ou de Yuri Alberto, com o Santos, em 2019.

Neste último, aliás, o prejuízo só não foi total porque o executivo do Internacional-RS à época, Rodrigo Caetano, foi generoso com o Santos.

Acordou com os representantes do jogador deixar 10% dos direitos econômicos em poder do clube formador.

Esta possibilidade de perder Andrey Santos para um outro gigante do futebol brasileiro tira o sono dos dirigentes do Vasco.

Os direitos econômicos do volante estão fixados em R$ 14 milhões para uma transferência nacional.

E já se sabe que Júlio Taran, seu novo representante, andou oferecendo a oportunidade de negócio a Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras.

Taran é sócio do escritório de Giuliano Bertolucci, atual parceiro dos rubro-negros na aquisição dos jogadores que vêm do futebol europeu.

A direção do Vasco confia nas palavras de Andrey Santos sobre gratidão e respeito ao sentimento vascaíno.

Mas não teria o que fazer se o jogador concordasse em vestir outra camisa do futebol brasileiro já nesta janela do futebol brasileiro...

Fonte: Futebol Coisa e Tal - Gilmar Ferreira - Extra