Futebol

Gepe fica em estado de alerta para Vasco x Atlético-PR desse domingo

A Batalha de Joinville em 2013, um dos mais violentos episódios de torcida em estádios no país, ainda está viva na memória dos torcedores. No jogo que marcou o segundo rebaixamento do Vasco - 5 a 1 para os paranaenses -, o duelo com o Furacão na cidade catarinense ficou marcado pela selvageria de torcidas organizadas. Quase dois anos depois, as torcidas se reveem pela primeira vez em partida em solo carioca. Apesar do histórico de rivalidade, que inclui inimizade e troca de farpas entre os presidentes Eurico Miranda e Mario Petraglia, de Vasco e Atlético-PR, respectivamente, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) não considera a partida das 16h de domingo, no Maracanã, um evento de risco.

O comandante do batalhão carioca, major Silvio Luis, lembra que as condições são bem distintas àquelas de Joinville. Na ocasião, por determinação do Ministério Público, a Polícia Militar não podia atuar dentro do estádio, que também não tinha divisória física entre os setores que separavam as principais uniformizadas dos times paranaenses e cariocas. Apesar disso, o Gepe vai, sim, se precaver para evitar qualquer distúrbio ou possibilidade de briga entre os torcedores.

Além de monitorar as redes sociais, para identificar possíveis marcações de confrontos e ameaças de diversos tipos, o batalhão especializado em policiamento de estádios vai em peso para o jogo. O público para a partida não deve chegar a 20 mil pessoas, mas o policiamento será correspondente ao dobro de torcedores que o jogo deve receber.

- Só na parte interna do estádios teremos 250 homens, entre policiais, grupo de apoio com cães e seguranças. É um número normal dentro de uma realidade de um jogo como o do Flamengo x Cruzeiro, que teve mais de 40 mil pessoas. Mesmo com a venda de ingressos do jogo do Vasco estando baixa. Esperamos em torno de 20 mil a 15 mil pessoas. Não considero jogo de risco, mas temos que ter atenção maior, evidentemente - disse o major Silvio Luis, acrescentando que organizadas do Atlético-PR vieram para confrontos contra Fla, Flu e Botafogo em 2014 e este ano e nada de anormal foi constatado nesse período.

Na tarde desta sexta-feira, por meio de mensagens de áudio, circulavam ameaças de vascaínos a torcedores do Furacão. Em redes sociais, textos com a promessa de comprar ingressos para o Setor Norte, destinado à torcida visitante. O major do Gepe garante que os policiais estão atentos a essas ameaças. Ele lembra, porém, que a maioria acaba não se confirmando.

- A Força Jovem do Vasco, por exemplo, tem diversos perfis na internet. Da experiência que temos, vemos que 80% do que acompanhamos, das várias manifestações de ameaças e agressões, não se concretizam, felizmente. Mas vamos sempre acompanhar - afirmou, ressaltando que a escolta vai começar bem distante do estádio. - Vamos buscar o ônibus da torcida do Atlético-PR a mais de 100 de km do estádio, lá em Piraí (cidade no sul fluminense). E vamos acompanhá-los na chegada, na arquibancada e na saída, segurando a torcida visitante até os torcedores locais se afastarem do perímetro do estádio. 

Fonte: ge