Geovani analisa o atual momento do Vasco
É um prazer ter este espaço para bater um papo sobre futebol e relembrar momentos vividos nos gramados. Foram anos de glórias, grandes companheiros e muitas histórias. Vou buscar na minha memória algumas para que possamos navegar neste túnel do tempo. Só que o futebol atual também vai fazer parte dos nossos encontros.
Vi que o Maurício mergulhou no túnel do tempo. Então, vou olhar para a atualidade e mirar o time do Vasco. Sofro como todo torcedor ao ver uma temporada terminar sem uma grande conquista. Lógico que a vaga para a Sul-Americana é uma conquista, mas a torcida se alimenta de título. Algo que faltou neste retorno à elite.
O ano de 2009 foi o resgate da auto-estima, do sentimento verdadeiro do vascaíno, que não podia parar. A EC, em parceria com o Vasco, lançou a campanha O Sentimento não pode parar e isso simbolizou aquele movimento de volta por cima. No futebol, o passado fica para trás numa velocidade impressionante.
A grande campanha de Série B serviu para escrever um capítulo na história do clube. Veio 2010 e a torcida teve a esperança renovada. Com um elenco campeão em mãos, a diretoria apostou em alguns valores que não renderam o esperado em São Januário.
Além disso, as contusões atrapalharam os principais jogadores.
Alguns deles ainda chegaram com a temporada em andamento, o que dificulta o entrosamento. Somado a isso tudo, Felipe voltou ao Brasil depois de cinco anos fora, num centro totalmente diferente, e sofreu para se readaptar, mas já está voltando a ser o grande jogador que a torcida se acostumou a ver em campo.
Acho que esta temporada serve de lição para a diretoria. Os erros devem ser considerados e corrigidos para 2011. No entanto, os acertos têm que ser exaltados, como a volta do Felipe e a permanência do Carlos Alberto. Com os dois em forma, mais o Zé Roberto e Éder Luís, o Vasco tem tudo para voltar a brigar pelos títulos.
Isso sem falar nos laterais, que são muito bons e jovens. Torço por um 2011 com poucas contusões, sendo nenhuma séria. A pior coisa para um profissional é ficar sem poder exercer a sua carreira. É muito ruim viver no departamento médico. Jogador gosta de campo, estádio cheio e títulos.
Prometo trazer, no nosso próximo encontro, um grande jogo da época em que eu vestia, com muito orgulho e prazer, a camisa 8 do Vasco.
- SuperVasco