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Gabriel Félix revela expectativa para 2015 e relembra início de carreira

O Vasco teve seu retorno à Série A do Campeonato Brasileiro confirmada após o empate da equipe contra o Icasa, no dia 22 de novembro, com direito à lotação da torcida Cruzmaltina no Maracanã. Agora, o clube se organiza para em 2015 ter uma equipe vencedora, apesar do grande corte de gastos que deve ser feito, enxugando a folha do clube, que este ano girou em 3 milhões.

Para isso, muitos atletas da base deverão aparecer entre os contratados para o time profissional. Uma das maiores promessas atualmente na base vascaína é o goleiro Gabriel Felix, que tem se destacado com ótimas defesas e inclusive já esteve treinando na equipe principal. O jovem capitão da equipe sub-20 renovou seu contrato em junho deste ano, estendendo o vínculo até 2016.

O arqueiro deu uma entrevista exclusiva falando sobre sua trajetória antes de chegar ao Vasco, seus planos para o futuro e até sobre as lesões que acabaram o deixando fora dos campos por um tempo em 2013.

Você é natural de Barra do Garça, no Mato Grosso. Jogou pelo Goiás e acabou sendo contratado pelo Vasco em fevereiro de 2011. Conte um pouco sobre a sua trajetória antes de sua chegada no Gigante da Colina e como escolheu a posição de goleiro.

“Eu comecei como pivô na escolinha do professor Indião, com 5 anos de idade, mas logo vi que ali não era a minha área e resolvi ir pro gol. E, com isso, comecei a me destacar e o professor Zé Monteiro me levou para jogar pelo Clube Peixinho e pela AABB. Comecei a disputar campeonatos e me destacar. Logo em seguida, eu ganhei uma bolsa de estudos no Colégio Laura Vicuña para disputar campeonatos regionais e estaduais vestindo a camisa da escola no futsal. Depois, o professor Elmo me chamou para treinar no time da cidade, que se chama Barra do Garças F.C., e com 12 anos eu disputei o campeonato mato-grossense sub-18 e me destaquei e fui convidado para fazer um período de avaliação no Goiás, onde passei no primeiro treino com 20 minutos de coletivo. Pelo Goiás, disputei alguns campeonatos estaduais e um brasileiro sub-15 no Paraná, onde me destaquei e vim para o Vasco”.

Escolher ser um goleiro quando se é criança não é fácil. Geralmente é a posição que é menos almejada pelos garotos. Você resolveu trocar a linha, no futsal, participou de campeonatos no sub-18 quando ainda tinha 12 anos e, ainda assim, mesmo sendo mais novo que grande parte dos atletas, se destacou. Se dedicou tanto que hoje é um destaque na posição de goleiro e uma das grandes promessas do futebol vascaíno. Como você se define como profissional? Quais foram (ou quem foi) a(s) sua(s) maior(es) inspiração(ões) para seguir como atleta e superar tantas dificuldades?

“Eu sou um profissional muito dedicado e comprometido, estou sempre disposto a aprender e dar o meu melhor dentro de campo. A minha maior inspiração veio de família, onde meu pai foi goleiro amador e o meu tio Silvonei é goleiro profissional. Inclusive, foi com o meu tio que tive os meus primeiros treinamentos específicos de goleiro”.

Gabriel, na campanha do Campeonato Carioca sub-20, você foi um dos maiores destaques. Virou capitão, referência em campo e assegurou algumas vitórias. Logo após, teve seu contrato renovado até 2016. Quais são seus planos para o futuro? Espera permanecer? É um sonho ir para fora do Brasil?

“Meus planos agora é me destacar na Copa São Paulo e ser integrado definitivamente ao elenco principal do Vasco. Quero muito permanecer até o fim do meu contrato em 2017 e, se possível, renovar por mais alguns anos, pois quero ajudar a nação Cruzmaltina a comemorar muitos títulos. Todos os jogadores dos profissionais tem o sonho de ir jogar no exterior, porém, antes de ir, quero deixar o meu nome escrito na história deste grande clube que é o Vasco da Gama”.

O Vasco já teve goleiros dos quais foram destaques no cenário futebolístico e acabaram sendo ídolos da torcida, como Acácio, Andrada, Barbosa, entre outros, além de Germano. Mazaropi também foi outro grande goleiro do clube, que era da base e reserva de Andrada. Tornou-se titular, ganhando vários títulos pelo Clube de Regatas. Acredita que um dia poderá ter seu nome gritado nas arquibancadas? Esse seria um dos seus objetivos? Qual a sua relação com a torcida?

“Sem duvidas passa esse pensamento pela minha cabeça. É um objetivo que tenho traçado e que, se Deus quiser, irei realizá-lo. A minha relação com a torcida é muito boa, sempre que eles vêm falar comigo trato eles com muito respeito e educação, assim como eles comigo”.

Na fase em que Martín Silva, goleiro titular da equipe profissional do Vasco, esteve com a Seleção uruguaia você treinou com o elenco principal do clube. De que forma aproveitou a experiência? Como foi esse contato? O que acha deste rodízio feito com os atletas da base com o objetivo de se acostumarem com o time profissional?

“Aproveitei da melhor forma possível, procurei sugar o máximo de experiência dos atletas mais experientes. Fui muito bem recebido por todos, me trataram com um carinho especial. Principalmente o Guiñazu, que é um exemplo de pessoa dentro e fora de campo. Eu já era fã dele, mas depois deste período me tornei muito mais. O rodízio é muito bom, pois todos vão ganhando experiência dentro do clube”.

Como você definiria o momento vivido pelo futebol brasileiro (como um todo), tendo em vista a Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro (Série A e Série B) e até mesmo a própria Seleção?

“Creio que o futebol brasileiro tem que passar por algumas reformulações para que possamos continuar sendo um celeiro de grandes craques”.

Como atleta, você já teve vários momentos de alegria e tristezas. Momentos que marcaram a sua carreira. Então, qual foi para você o momento mais marcante e emocionante vivido dentro de campo? E fora dos gramados?

“Graças a Deus tive mais momentos de alegrias do que de tristezas dentro de campo. Mas um dia que vai ficar marcado na minha memória foi quando fomos vice-campeões brasileiros sub-17 no Espirito Santo, onde eu fui eleito o melhor jogador da final e o melhor goleiro 95 do Brasil naquele ano. E fora dos gramados, o momento mais marcante foi quando a minha família toda me viu jogando pela primeira vez na televisão e, depois do jogo, liguei pra eles e vi a alegria de todos, então isso me marcou muito”.

Se hoje fóssemos comparar o "Gabriel Felix" de dois anos atrás com o Gabriel de hoje, que tipo de evolução você conseguiu notar tanto no trabalho, quanto na vida pessoal? Você se vê mais maduro? Você se vê fazendo alguma coisa além do futebol? Se sim, o que seria?

“Se formos comparar com o Gabriel de dois anos atrás, hoje veremos um Gabriel mais maduro e experiente. Ano que vem pretendo dar continuidade aos estudos, procurando algum curso que me agrade para começar na faculdade”.

 

Fonte: Vavel.com