Futsal: Detalhes das vitórias do sub-15 e do sub-17 na semi do Estadual
Nas semifinais do Campeonato Estadual, as equipes sub-15 e sub-17 do futsal do Vasco da Gama tinham confrontos duríssimos pela frente. O adversário era o mesmo: a Casa de España/Botafogo, que havia sido a melhor equipe do grupo A nas duas e categorias e no sub-17, em especial, tinha a melhor campanha dentre todos os componentes, inclusive do grupo B, que tinha o Vasco.
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As quatro partidas foram duríssimas, mas, com superioridade técnica e tática, os comandados dos treinadores Max Siqueira e Marco Avellar, respectivamente, venceram todos os jogos, tanto em São Januário (23/11) quanto no Grajaú Country (com mando do adversário, no dia 30/11, o último sábado). Em ambas as categorias, a vantagem do empate na prorrogação em caso de dois resultados iguais (uma vitória para cada lado, independentemente de saldo de gols, ou dois empates) era da Casa de España/Botafogo, mas o Vasco se saiu muito bem diante diante de uma equipe que investe mais para a chegada de jogadores e possui um orçamento mais robusto, inclusive tirando jogadores do próprio Vasco, notadamente Flavinho (da categoria sub-17), cria de São Januário e que se transferiu para lá entre o primeiro e segundo semestres.
É curioso o fato de que os resultados foram iguais em ambas as categorias: em São Januário, duas vitórias por 2 a 1, e no Grajaú Country dois triunfos cruz-maltinos por 5 a 3. Todas as quatro, apesar de no final das contas ter superioridade cruzmaltina, foram muito duras e demandaram total empenho e alto nível de futsal dos atletas do Gigante da Colina para que saíssem vitoriosos. Em ambas as finais, o Vasco vai enfrentar o Fluminense, em jogos a serem realizados nos dois próximos sábados (07 e 14/12), no Grajaú Country. Apesar de grandes dificuldades serem esperadas diante dos fortíssimos times do Tricolor das Laranjeiras (eliminou o Flamengo em ambas), as categóricas classificações do Gigante da Colina diante das não menos fortes equipes da Casa de España/Botafogo fazem com que não haja favorito nas finais das duas categorias e grandes jogos de futsal sejam esperados.
Sub-15
O Vasco teve grande superioridade no primeiro tempo, indo para o intervalo com 3 a 1 no placar: gols de Matheus Bezerra (após jogada cunfusa e com o goleiro batido no canto direito, chutou no canto esquerdo do arqueiro de pena direita para abrir o placar), com apenas 35 segundos; Romário (cara a cara com o goleiro, tocou por cobertura, no canto direito alto do arqueiro), aos 5 minutos; e Patrick (em jogada de dois contra dois, também chutou por cobertura frente a frente com o goleiro, em vez de tocar para Matheus Bezerra, que estava ao seu lado), aos 12 minutos. O jogo da categoria sub-15 é disputado em dois tempos de quinze minutos.
Matheus Bezerra chuta para marcar o quarto gol do Vasco e ampliar o placar para 4 a 2, aos três minutos do segundo tempo
O adversário, que precisava virar o jogo para levar a decisão do finalista à prorrogação, chegou a diminuir com dois minutos da etapa derradeira, mas no minuto seguinte Matheus Bezerra fez seu segundo gol na partida, tocando no canto esquerdo do goleiro, e ampliou a vantagem vascaína. Faltando 1 minuto e 41 segundos para a partida acabar, o Botafogo diminuiu novamente, mas o Vasco suportou a pressão e, faltando dezessete segundos para o fim da partida, ainda fechou o placar em 5 a 3, com gol de Thales Guilherme, que foi comemorar com a comissão técnica. Vale ressaltar que no 1° semestre, o Campeonato Carioca, o Vasco perdeu para o mesmo adversário na final, com duas goleadas (5 a 2 e 8 a 2), e foi vice-campeão. Contra o mesmo adversário, o Vasco obtém duas vitórias na semifinal do Estadual.
Faltando menos de vinte segundos para o fim do jogo, Thales Guilherme marcou o gol que fechou o placar em 5 a 3 e foi comemorar com a comissão técnica
Sub-17
Após o vice-campeonato da Taça Brasil, em outubro, a equipe vascaína se abalou psicologicamente e, após passar com muito sufoco pela modesta Mangueira nas quartas de final, deu a entender para alguns desavisados que sucumbiria diante da melhor equipe da primeira fase do Estadual, a Casa de España/Botafogo, na semifinal. Os desavisados são quem não conhece a força psicológica e técnica desse grupo.
As duas equipes fizeram dois grandes jogos de futsal. Após vencer por 2 a 1 na ida, em São Januário, o Vasco tinha a vantagem do empate no tempo normal no Grajaú Country. Mas nem precisou utilizá-la. Venceu novamente, desta vez por 5 a 3, em mais uma belíssima atuação dos comandados do experiente treinador Marco Antônio Avellar.
Grande destaque do confronto, Lucas Moreira fez gols nas duas partidas, sendo que três somente no jogo de volta. Na foto, ele comemora seu primeiro gol nesta partida
Assim como na Colina (quando terminiu 0 a 0), o 1° tempo no Grajaú também careceu de gols, o que não questiona a qualidade do futsal posto em prática pelas equipes. Mas desta vez terminando com um gol marcado. Lucas Moreira, grande destaque da partida com três gols anotados (ele já havia marcado um na partida de ida), aproveitou o fato de que a Casa de España/Botafogo atuou com seu goleiro adiantado em boa parte do jogo, tendo em vista a necessidade de vencer a partida para levar a decisão do finalista à prorrogação, e marcou em contra-ataque, chutando, sem goleiro, da altura do meio da quadra. O adversário já atuava com o goleiro adiantado desde o começo da partida, tanto que o gol foi marcado com apenas três minutos jogados.
Everton chuta de perna esquerda para ampliar o placar para o Vasco: 2 a 0
O Vasco, superior e bem postado para explorar os contra-ataques e o desespero adversário, ampliou com dois minutos do segundo tempo, com Éverton. A bola chegou para o camisa 20 do Vasco na ala esquerda após divida forte na ala direita e, frente a frente com o goleiro, chutou no canto esquerdo do arqueiro para ampliar a vantagem vascaína e deixar a situação da Casa de España/Botafogo ainda mais delicada.
A equipe mandante cresceu na partida e empatou em 2 a 2, com gols marcados aos 9 e 10 minutos do segundo tempo, separados por apenas 24 segundos. O Vasco não se apavarou. Tanto que aproveitou a falta de tranquilidade e qualidade nas trocas de passes do adversário com o goleiro-linha em quadra, e marcou seus três gols restantes em jogadas desse tipo. Com o goleiro-linha batido e muito adiantado em quadra, a bola era roubada e gols eram marcados em chutes de longe distância.
GOLAÇO! Lucas Moreira, com o goleiro-linha adversário muito adiantado, chuta da altura de sua própria grande área para marcar um belíssimo gol, desempatando para o Vasco após o adversário: 3 a 2
Com 14 minutos cravados jogados, Lucas Moreira fez seu segundo gol no jogo (os três foram em jogadas deste tipo). Este, sem dúvidas, o mais bonito. O Vasco retomou a bola e, com o goleiro adversário na quadra de ataque, chutou à altura de sua própria área: um arremate alto e forte que percorreu cerca de trinta metros até morrer no desguarnecido gol adversário.
Everton, de maneira muito inteligente, vê que não tem ângulo para chutar e toca para Lucas Moreira
Apenas 28 segundos depois, Lucas mostrou que sabe lidar bem com jogadas deste tipo, agora com uma distância menor percorrida pelo chute. Em bela jogada trabalhada e sem nenhum desespero mesmo com o gol adversário aberto, o Vasco não chutou de qualquer maneira, uma vez que havia um adversário bem postado para cortar a bola quando ela estava com Everton. Diante disto, sem goleiro, o camisa 20 foi inteligente e deu belo passe de calcanhar para Lucas, que, sem adversários entre ele e a meta adversária, chutou já na quadra adversária, pouco depois da linha divisória, rasteiro para ampliar o placar: 4 a 2.
O camisa 5 do Vasco, este sim sem ninguém a sua frente até o gol, chuta rasteiro para ampliar o marcador, também sem goleiro: 4 a 2
Faltando dois minutos e meio e precisando fazer três gols para forçar a prorrogação, o Botafogo diminui para 4 a 3. Entretanto, novamente falhou com o goleiro-linha em quadra, deixando o Cruz-Maltino trabalhar a bola sem goleiro adversário. E novamente os atletas do Vasco não se afobaram e, como preconiza o treinador Marco Avellar, não chutaram de qualquer maneira e com grandes riscos de o arremate ser bloqueado por algum jogador de linha adversário ou ir para fora. Pelo contrário, trabalharam bem a bola. Ricardinho recebeu, conduziu a pelota e, mesmo com um companheiro livre a seu lado, preferiu chutar com o gol aberto a sua frente: e com sucesso, fechando o placar em 5 a 3, faltando quinze segundos para o fim do jogo.
Ricardinho chuta para fechar o placar, também em jogada em que o Vasco retomou a bola quando o adversário estava com o goleiro na quadra de ataque. Quatro dos cinco gols do Vasco saíram dessa forma
Texto: João Luiz Mota (jlmc1993@gmail.com)
Fotos: Museu do Futsal
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Fonte: Blog CRVG em Todos os EsportesMais lidas
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