Futebol vive calmaria, já a política vascaína...
A troca de comando no futebol acalmou os ânimos no Vasco, mas o clube está prestes a entrar em um novo período de turbulências. O motivo é a eleição presidencial. Nos bastidores, a guerra entre os grupos políticos já soma quase mil páginas no processo parado na 1° Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio.
O desembargador Camilo Ruliere decide até a próxima semana se o mandato do presidente Roberto Dinamite, estendido por decisão liminar anterior, será mantido. Caso contrário, a diretoria transitória eleita em votação no Conselho Deliberativo pode assumir o poder. Pressionado, Dinamite lançou o recadastramento de sócios visando eliminar eventuais fraudes para o pleito, ainda marcado para o dia 11 de novembro.
No entanto, o presidente foi intimado pelo desembargador do caso a esclarecer até o próximo dia 15 de setembro porque um dos advogados que defendeu os conselheiros que entraram com pedido de liminar contra a extensão de mandato, o magistrado Alan Belaciano, é sócio de Osvaldo Sestário, que defende o Vasco no STJD.
Os quatro integrantes da junta transitória — Silvio Godoi, Eduardo Rebuzi, Jorge Luis Moraes e Alcides Martins —, que fizeram o questionamento, também entregarão à Justiça um parecer sobre a situação do clube nos próximos dias.
O recadastramento anunciado na quarta-feira terá início justamente na próxima semana, quando a decisão judicial é esperada. Segundo o edital divulgado, os sócios precisarão passar por procedimento de biometria, tirar foto digital e entregar documentação ao clube.
O Vasco solicitou que parentes de sócios que faleceram enviem certidões de óbito. A lista do clube possui hoje cerca de cinco mil sócios com mais de 25 anos, chamados remidos, com algumas lacunas. No total, o quadro social tem algo próximo a 13 mil sócios.
Fonte: Extra