Fut. feminino: Atletas vascaínas escapam de punição; Saiba motivo
O Vasco teve compromisso na última quinta-feira, dia 18 de abril, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Pela Copa do Brasil de Futebol Feminino, o clube teve duas jogadoras no banco dos réus por infrações que ocorreram nas oitavas de final da competição. A sessão foi presidida pela Quinta Comissão Disciplinar e os auditores decidiram, por unanimidade, prescrever o processo.
A prescrição do processo significa que Tânia Maranhão e Gisiane, atletas do Vasco denunciadas, estão livres sem punições. O pedido da advogada do clube (de prescrever o processo), Letícia Rodrigues, foi acatado pelos auditores. Ela alegou a demora da procuradoria de fazer a denúncia: Essa partida se deu em 3 de março e a denúncia só foi ofertada em 11 de abril. A defesa vem levantar a preliminar de prescrição\".
Entenda o caso:
Na partida realizada no dia 3 de março, o Kinderman/SC venceu por 5 a 1 o Vasco. Não foi só o resultado que foi negativo para o time carioca. A equipe também ficou sem duas jogadoras na partida.
A primeira a ser expulsa foi a zagueira Tânia Maranhão. Ela foi expulsa aos 44 minutos do segundo tempo por ofender o árbitro com os seguintes dizeres: Conseguiu o que queria seu filho da p.... E, após levar cartão vermelho, a jogadora chutou a canela do árbitro e teve que ser contida pelas companheiras de equipe.
Tânia Maranhão foi incursa em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): o primeiro foi o 254-A, que diz ser infração praticar agressão física durante a partida, e que tem pena prevista de quatro a 12 partidas de suspensão.
A zagueira também foi denunciada por ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto, como descrito no artigo 243-F, com pena prevista de multa, que varia de R$ 100 a R$ 100 mil, e mais suspensão de até seis partidas.
A também jogadora do Vasco, que foi denunciada, Gisiane, compareceu ao julgamento e prestou depoimento. Ela disse que o árbitro estava fazendo marcações a favor do adversário e que, após o terceiro gol, Tânia Maranhão foi apenas conversar com o árbitro e não teve agressão. No terceiro gol do adversário, a Tânia foi falar com ele, mas eu segurei ela. Não houve chute, disse Gisiane.
No fim da partida, o Kinderman comemorava o resultado e Gisiane, do Vasco, se aproximou das jogadoras rivais e aplicou um soco no nariz de Andressinha, do time catarinense, fazendo com que a mesma sangrasse, e iniciou-se um tumulto entre as atletas, com muito empurra-empurra, como relata o árbitro na súmula do jogo.
Pelo ato, Gisiane também foi denunciada ao STJD com base no artigo 254-A, assim como sua companheira de clube, Tânia Maranhão. A jogadora disse no julgamento que deu um tapa em Andressinha porque foi provocada pela jogadora do Kinderman e pensou em pedir desculpas a adversária.
Não sou de briga. Pensei depois e quis pedir desculpas. Eu dei um tapa no rosto dela e ela chegou a cair. Em momento algum eu quis... eu jogo futebol. Não vim dizer que não agredi, mas fiz isso por ter sido provocada\", disse Gisiane, que acabou não sendo punida por conta da prescrição do processo.
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