Fred Lopes culpa "cervejinha" por tumulto em São Januário

O hábito dos torcedores de beber umas cervejinhas com os vendedores ambulantes e nos bares nos arredores de São Januário tem provocado um sacrifício até em noites felizes. Foi o caso da partida contra o Atlético-PR, quinta-feira, quando os mais de 21 mil presentes (maior público do ano na Colina) se espremeram para entrar no velho estádio, que só tem 41 roletas em suas entradas. Para o vice-presidente de Patrimônio, Fred Lopes, a proibição do consumo de álcool — desde 2008 — em estádios brasileiros provoca um fenômeno quase inevitável nos acessos ao jogo.

“Meia hora antes de o jogo começar, o estádio parece vazio. Nós abrimos o portão duas horas antes do início da partida, cada roleta pode botar 800 pessoas para dentro por hora. O problema é que não temos condições de colocar 12 mil pessoas para dentro em 30 minutos”, disse o dirigente vascaíno.

Fred Lopes anunciou que o aperto na hora da entrada de jogos mais cheios, como será o caso do de quarta-feira, contra o Avaí, já faz o clube avaliar outras medidas. Anteriormente, a diretoria queria que os portadores de ingresso na arquibancada reta (até a linha de fundo) só entrassem pelo portão 9B, mas não deu certo.

“Estamos pensando em comprar mais roletas. Talvez mais 15 roletas. É algo que precisamos ver, uma realidade, até para trazer mais conforto para o torcedor”, disse Fred.

Como no jogo de quinta-feira até mesmo o setor Premium e os camarotes, que ainda não foram inaugurados, acabaram recebendo torcedores, o clube também diminuiu a carga de ingressos para o jogo contra o Avaí. Entre ingressos à venda e gratuidades, serão 20.500 disponíveis. Quinta, eram pouco mais de 22 mil. Quando o Premium for liberado, a lotação de São Januário será de 25 mil torcedores.

“Houve a sensação de superlotação, mas o torcedor vascaíno não gosta de sentar atrás das pilastras (nas sociais). Eu calculei umas 800 cadeiras que não estavam ocupadas”, afirmou o vice-presidente de Patrimônio do Vasco.