Futebol

Fred imitou gestos de Romário em frente à estátua em São Januário

Rio - Fred não resistiu à tentação. No treino realizado nesta sexta-feira em São Januário, o atacante reverenciou Romário em diversos momentos. Em busca de inspiração e de afirmação, às vésperas da final da Copa das Confederações, o camisa 9 quebrou o gelo e roubou a cena ao imitar os trejeitos do ídolo. Ao passar pela estátua do Baixinho, durante uma leve corrida, Fred abriu os braços como se vibrasse com um gol, em alusão à tradicional comemoração de Romário. Na roda de bobo, o homem-gol do Brasil na Copa das Confederações voltou a incorporar Romário e arrancou risadas dos companheiros ao imitar a peculiar caminhada do craque.

Terceiro maior artilheiro da Seleção com 55 gols, Romário é a fonte de inspiração a ser seguida. Ferrenho crítico da CBF e da organização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, o Baixinho é quase unanimidade quando o assunto é seleção brasileira. Herói no tetra mundial de 1994, o craque foi o nome do único título que o Brasil conquistou no Maracanã, na Copa América de 1989. Sob o comando de Sebastião Lazaroni, ele desequilibrou. Na última rodada do quadrangular final, foi dele o gol que garantiu o troféu na vitória de 1 a 0 sobre o Uruguai.

Fred tem a chance de mostrar que a semelhança com Romário não se limita ao sucesso com as mulheres e por onde joga. Na decisão contra a Espanha, ele terá o maior desafio de sua carreira pela frente. Felizmente, ele não estará sozinho.

Com três gols, Fred divide com Neymar a artilharia da Seleção e também a preocupação dos marcadores. Arquirrivais, como Itália e Uruguai, já sentiram o faro do camisa 9. Embora tenha apenas 14 gols pela Seleção, Fred consolida a cada partida a condição de titular para a Copa do Mundo de 2014. Com Neymar, encontrou o equilíbrio que Romário e Bebeto conquistaram em 1994.

Na última vez que o Brasil enfrentou a Espanha no Rio, os jogadores treinaram em São Januário. Foi na véspera da final da Copa de 1950. O resultado foi uma histórica goleada por 6 a 1. Sessenta e três anos depois, ninguém crê em goleada, mas a vitória virou uma questão de honra.

Fonte: O Dia Online