Força Jovem divulga nota sobre TAC das torcidas
“A verdade sobre o novo TAC das torcidas”.
O Ministério Público publicou em sua rede social que foi distribuída ação de execução em desfavor da torcida organizada Força Jovem do Vasco, por suposto descumprimento do TAC.
Em primeiro lugar, cabe registrar a contradição existente na publicação, pois tanto no post, quanto o início do texto, o MP diz ter proposto ação de execução em desfavor da torcida, mas no segundo parágrafo, atribui o suposto descumprimento ao Club de Regatas Vasco da Gama, demonstrando grave erro de continuação das informações prestadas, tornando a publicação um verdadeiro desserviço de informação ao cidadão!
Feita esta observação, cumpre esclarecer que a Força Jovem do Vasco ainda não assinou o novo TAC, portanto, não há que se falar em descumprimento do referido instrumento de ajuste de conduta, uma vez que a torcida ainda não firmou o referido compromisso.
O motivo de a torcida não ter assinado o TAC, reside no fato de o Dr. Promotor de Justiça Rodrigo Terra não ter cumprido o que foi acordado junto aos deputados da câmara estadual, ANATORG e diversos presidentes das torcidas organizadas do Rio de Janeiro.
O acordo de cavalheiros havido entre as partes, nos debates que antecederam a elaboração da Lei de anistia das torcidas organizadas (Lei 9.883/22), consistia no sentido de, após a elaboração e assinatura no novo TAC pelas torcidas organizadas, o Ministério Público pediria a extinção ou suspensão das punições existentes, mas como dito acima, tão logo foram concluídos os debates, o Ilustre promotor Dr. Rodrigo Terra afirmou que não cumpriria o acordado.
Este lastimável posicionamento do ilustre Promotor inviabilizou momentaneamente a assinatura do TAC, mas cumpre informar que a Força Jovem do Vasco através de seu advogado, aliados a ANATORG e Comissão de Estudos do Juizado Especial do Torcedor da OAB/RJ, envidaram todos os esforços possíveis para o fim de resolver a questão e, uma das sugestões seria a substituição das punições por serviços comunitários em casas geriátricas, orfanatos e outras instituições de caridade, dando um resultado útil aos processos.
Outro fato que merece destaque, são os desdobramentos das investigações em razão das brigas ocorridas no dia 05/03 no jogo entre Vasco e Flamengo.
Sobre esta questão, a maior injustiça recaiu sobre a pessoa que mais se esforçou para que não houvesse conflitos no fatídico dia, o Presidente da Força Jovem do Vasco “Sr. Fabiano de Souza Marques”, que mesmo tendo se reunido com o BEPE para alinhar o esquema de segurança no deslocamento da torcida ao estádio, com registro de comunicação via e-mail, participação de reunião junto ao comando do BEPE registrado em ata, assim como imagens do deslocamento da torcida até ao estádio sem qualquer intercorrência, o mesmo acabou amargando um mandado de prisão temporária.
Este fato é um absurdo máximo, tendo em vista que a justiça não expediu mandado de prisão para nenhuma das pessoas que de fato participaram das brigas, enquanto o Presidente da Força Jovem do Vasco que comprovadamente esteve o tempo todo a frente da torcida e junto ao policiamento, acabou sendo o maior prejudicado.
O advogado da Força Jovem do Vasco não está poupando esforços para demonstrar o grande erro do judiciário, mas como o Tribunal só costuma tramitar com agilidade os processos para chancelar as injustiças cometidas pelo Ministério Público, resta ao ilustre causídico aguardar a trâmite desigual para análise do seu pedido de revogação de prisão temporária feito em favor do Presidente da Força Jovem do Vasco.
Contudo, o Ilustre Promotor ignorou todos os apelos e sequer recebeu as partes interessadas para debater essas possibilidades, demonstrando seu total desprezo pelo diálogo e solução efetiva do impasse.
O fato é que existem diversos processos contra as torcidas que tramitam há anos sem conclusão e sem dar uma resposta a sociedade, pois, em que pese para o estado manter as torcidas longe dos estádios, mesmo que de forma provisória, através de processos que não chegam ao fim possa dar uma falsa impressão a sociedade de que o problema está resolvido, a verdade é que mesmo sem a presença das torcidas nos estádios a violência continua a acontecer em dias de jogos, comprovando que esta questão tem muito mais a ver com segurança pública, do que efetivamente com as torcidas organizadas.