Futebol

Força física de Nilton e Tenorio gera brincadeiras

Sinônimos de força física no Vasco, Nilton e Tenorio se destacam em seus respectivos setores por essa característica. O porte garante apelidos, elogios, brincadeiras e até lendas internas sobre a origem do treinamento de cada um. Na última terça-feira, o volante aprovou a volta do atacante ao time contra o Figueirense, sábado, em São Januário, e comentou a gozação que costuma sofrer.

- O negrão é um trator mesmo, a força que ele tem é impressionante. É um jogador que se torna uma referência para a gente, não tem bola perdida, é veloz. Estavam encaixando bem com o conjunto da nossa equipe. Ele diz que o pessoal tem receio de falar comigo, que tem que fazer uma estátua em São Januário pela minha moral (risos). Mas é o Tenorio que conta que brincava com leão para poder treinar quando era mais novo. São brincadeiras sadias que todo grupo tem que ter - revelou o camisa 19, que não gosta quando é chamado de Homem Pedra, apelido que colou.

Nilton mede 1,85m e pesa 88kg em média, proporção maior do que a maioria dos jogadores. O aparente sobrepeso, no entanto, se traduz em massa muscular e é alvo de elogios da preparação física. Já o atacante equatoriano registra \"somente\" 80kg, distribuídos em 1,82m.

A lenda do leão que ele fez o volante vascaíno acreditar teve seu devido esclarecimento posteriormente. E o Demolidor reverenciou a volta por cima do companheiro, que passou pelo drama de graves lesões (nos dois joelhos, entre 2010 e 2011) e assemelhou ao problema que quase encerrou sua carreira (operação no tendão de Aquiles, em fevereiro).

- Como é que vai ter leão no Equador (risos)? Ficamos brincando porque o Nilton foi um jogador que também passou por essa situação. Ele teve lesão, se recuperou. E hoje está muito forte. Eu falo que tem que inventar outros aparelhos porque os atuais ficam chorando quando ele entra na academia. Sou um centroavante, tenho que ser forte para poder brigar. Às vezes, você encontra zagueiros como o Dedé, fortes, que saem bem com a bola. É importante se preparar fisicamente. O futebol está cada vez mais duro. Você tem que se esforçar muito, se não está morto - afirmou Tenorio, que desenvolveu o corpo na adolescência, quando disputava corridas de 100m e 200m rasos, antes do futebol.

- Sempre gostei de esporte, sempre fui atleta. Corria 100m, 200m eram comigo e são competições em que é preciso ter um arranque muito grande. Agora já não sou um moleque, tenho 33 anos, né? Às vezes, pensam que tenho 25 anos (risos). Seria bom se tivesse. Se eu retomar meu nível físico 100%, vou ajudar muito o time do Vasco - conclamou.

Quando surgiu no Corinthians, Nilton sentia a desconfiança em relação à sua idade por conta de seu desenvolvimento físico precoce. Até Ronaldo Fenômeno o chamava de \"gato\". Ele conta que seu pai, ex-treinador, chegou a receber ofertas para adulterar a idade, mas não aceitou e continuou seguindo seus passos para virar profissional e se destacar em um clube grande.

- Acho que sempre teve a ver com o trabalho de preparação física que meu pai pedia fazerem comigo, quando eu era criança, nos clubes em que era técnico. Eu jogava com meninos da categoria acima da minha, o que facilitou minha adaptação e porte físico.

A dupla de tanques estará em campo neste sábado, diante do Figueira, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Vasco é o quarto colocado, com 44 pontos, e precisa da vitória para manter seu posto no G-4, já que o São Paulo, com 42, pode ultrapassar.

Colaborou o estagiário Gabriel Fricke, sob a supervisão de André Casado

Fonte: ge