Fluminense x Vasco põe frente a frente dois times em turbulência política
Seria ingenuidade achar que é coincidência. Em outubro de 2018, a reunião do Conselho Deliberativo do Fluminense para votar as contas terminou em pancadaria nas Laranjeiras. Um ano depois, o time entra em campo no Z4, tentando evitar o rebaixamento para a Série B.
O adversário da partida de hoje, às 19h, no Maracanã, é o Vasco . O mesmo que em 2018 evitou a queda na última rodada e que, na última quinta-feira, viu a reunião do seu Conselho Deliberativo, com a mesma pauta do rival, terminar em bate-boca na sede náutica da Lagoa.
Instabilidade política e maus resultados em campo andam de mãos dadas no futebol e se retroalimentam. Fluminense e Vasco sabem disso, mas esbarram na dificuldade que existe para se quebrar o ciclo vicioso que envolve tanto dirigentes quanto jogadores.
Pelas bandas do tricolor, a a diretoria parece caminhar no escuro. Depois de assumir o Fluminense no meio da temporada, consequência de uma eleição antecipada para tentar estancar a crise da gestão Pedro Abad, o presidente Mário Bittencourt flerta com a possibilidade de emplacar um quarto técnico diferente em apenas cinco meses no poder. Marcão está seriamente ameaçado de ser devolvido ao posto de auxiliar em caso de derrota no Maracanã. Antes dele, passaram pela equipe Fernando Diniz e Oswaldo de Oliveira, ambos mal sucedidos na tentativa de afastar o tricolor da zona de rebaixamento.
Em São Januário, um caminho foi encontrado depois que Vanderlei Luxemburgo assumiu o time e conseguiu fazer com que a torcida sonhe, ainda que remotamente, com a conquista de uma vaga na Libertadores do ano que vem. Mas a instabilidade nos bastidores tem seu peso. O treinador tenta se manter afastado das questões políticas e blindar os jogadores, mas, na última entrevista coletiva, deixou o recado nas entrelinhas:
— Vim para o Vasco contratado pelo Campello e tenho um compromisso moral até o final do ano. Não tenho com outras pessoas. Não me envolvo, mas os poderes do Vasco têm que entender a necessidade do Vasco de seguir na Série A.
Mudanças
Está tudo conectado. Permanecer na Primeira Divisão é condição fundamental para que qualquer gestão tente respirar ares mais tranquilos, política e economicamente. A vantagem do Vasco para o Z4 é confortável, de oito pontos, e essa ameaça aparece distante no horizonte. No caso do Fluminense, o drama é real. Contando com o clássico desta noite, faltam nove partidas para o tricolor tentar sair do grupo de quatro últimos. Um rebaixamento, e a consequente perda expressiva de receita, cairia como uma bomba atômica nos planos de Bittencourt de realinhar o curso do clube das Laranjeiras.
Na corda bamba, o técnico Marcão deve mexer na equipe titular. Em relação ao time que perdeu para o Ceará no meio de semana, devem sair Nino e Nenê para as entradas de Luccas Claro e Yuri. A ideia, pelo visto, é reforçar a marcação no meio de campo, com a entrada de mais um volante. Nenê, cujas últimas atuações têm sido criticadas, ficaria como opção para o segundo tempo.
— Todos estão muito chateados. É pressão, mas quem trabalha em um clube como o Fluminense tem que se fortalecer — disse Marcão, após o último jogo.
Já Vanderlei Luxemburgo prioriza a manutenção do estilo que fez o Vasco se afastar da zona de rebaixamento. Henríquez, que estava lesionado, e Rossi, suspenso, devem recuperar seus lugares na equipe titular. No meio de campo, a dúvida é entre Bruno Gomes e Raul. O segundo tem mais chances de sair jogando.
Seria ingenuidade achar que é coincidência. Em outubro de 2018, a reunião do Conselho Deliberativo do Fluminense para votar as contas terminou em pancadaria nas Laranjeiras. Um ano depois, o time entra em campo no Z4, tentando evitar o rebaixamento para a Série B.
O adversário da partida de hoje, às 19h, no Maracanã, é o Vasco. O mesmo que em 2018 evitou a queda na última rodada e que, na última quinta-feira, viu a reunião do seu Conselho Deliberativo, com a mesma pauta do rival, terminar em bate-boca na sede náutica da Lagoa.
Instabilidade política e maus resultados em campo andam de mãos dadas no futebol e se retroalimentam. Fluminense e Vasco sabem disso, mas esbarram na dificuldade que existe para se quebrar o ciclo vicioso que envolve tanto dirigentes quanto jogadores.
Pelas bandas do tricolor, a a diretoria parece caminhar no escuro. Depois de assumir o Fluminense no meio da temporada, consequência de uma eleição antecipada para tentar estancar a crise da gestão Pedro Abad, o presidente Mário Bittencourt flerta com a possibilidade de emplacar um quarto técnico diferente em apenas cinco meses no poder. Marcão está seriamente ameaçado de ser devolvido ao posto de auxiliar em caso de derrota no Maracanã. Antes dele, passaram pela equipe Fernando Diniz e Oswaldo de Oliveira, ambos mal sucedidos na tentativa de afastar o tricolor da zona de rebaixamento.
Em São Januário, um caminho foi encontrado depois que Vanderlei Luxemburgo assumiu o time e conseguiu fazer com que a torcida sonhe, ainda que remotamente, com a conquista de uma vaga na Libertadores do ano que vem. Mas a instabilidade nos bastidores tem seu peso. O treinador tenta se manter afastado das questões políticas e blindar os jogadores, mas, na última entrevista coletiva, deixou o recado nas entrelinhas:
— Vim para o Vasco contratado pelo Campello e tenho um compromisso moral até o final do ano. Não tenho com outras pessoas. Não me envolvo, mas os poderes do Vasco têm que entender a necessidade do Vasco de seguir na Série A.
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