Fluminense x Vasco é rechado de ingredientes que vão além da classificação
De hoje não passa. Após o Vasco vencer de virada o Fluminense por 2 a 1 no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, as equipes voltam a duelar, às 20h30, em um Maracanã lotado mais uma vez, mas com o tricolor de mandante. O time de Fernando Diniz pode até empatar, enquanto o de Luis Zubeldía precisa ganhar por dois ou mais gols de diferença para não depender dos pênaltis para avançar para a final contra Corinthians ou Cruzeiro, que decidem a outra vaga às 18h.
Diante de uma rivalidade histórica das torcidas, que se acirrou nos últimos anos, o clássico é recheado de ingredientes que vão além da classificação para a decisão.
A oportunidade de disputar uma final nacional eliminando um rival já é suficiente para dar a dimensão do tamanho do confronto. Quem avançar chegará cheio de moral para decidir o título da competição com o apoio da sua torcida, já que Fluminense ou Vasco farão o segundo jogo em casa. E há mais “peças no tabuleiro” que estão em jogo.
Premiação milionária
Com dificuldades financeiras nas últimas décadas, os clubes sabem da importância não só esportiva, mas também econômica de conquistar a Copa do Brasil. Afinal, o vencedor do torneio irá faturar cerca de R$ 77 milhões, já o vice ficará com R$ 33 milhões. A efeito de comparação, o Botafogo recebeu em torno de R$ 48 milhões pelo título brasileiro de 2024 — a CBF ainda não divulgou oficialmente o valor deste ano, mas deve passar de R$ 50 milhões.
Além da premiação milionária, Fluminense e Vasco buscam o título para desempatar na contagem das principais taças: ambos somam uma Libertadores, quatro Brasileiros e uma Copa do Brasil. Também por conta disso, os times querem conduzir o desfecho da semifinal do seu jeito.
O tricolor tenta chegar à decisão para conseguir manter a sequência de anos sendo campeão: Carioca (2022 e 2023), Libertadores (2023) e Recopa (2024). Na questão da rivalidade, é também a chance de impedir que o rival se classifique para a Libertadores. O Flu já assegurou a vaga direta na competição via Brasileirão, enquanto o cruz-maltino precisa da taça para se classificar para o torneio.
Para quebrar tabus
Do outro lado, o cruz-maltino pode encerrar longos jejuns que ainda atormentam a cabeça dos torcedores: voltar a conquistar um título nacional após 14 anos — o último foi justamente a Copa do Brasil de 2011. Além disso, desde o Campeonato Carioca de 2016, já são nove anos sem ser campeão.
Já garantido, ao menos, na Sul-Americana, o Vasco sonha em disputar a Libertadores no ano que vem. Isso não acontece desde 2018, o que só aumenta a relevância de um possível título.
Fonte: Extra Online