Flávio Tênius comenta acerto com o Vasco e elogia goleiros do clube
Flávio Tênius está de volta ao Vasco. O hoje preparador de goleiros foi um dos arqueiros do clube em 1988, além de Acácio, titular, e Paulo César Gusmão, hoje técnico de futebol. O profissional chega para substituir Carlos Germano, que esteve no clube nos últimos seis anos. O novo contratado revela como foi o acerto com o Gigante da Colina.
“Estou bastante feliz e pronto para começar o ano. Na semana passada eu tive um primeiro encontro com a diretoria, ficou tudo acertado, e hoje pela manhã eu estive em São Januário e fechamos para a próxima temporada.”
Tênius trabalhará com o uruguaio Martin Silva, presente na última Copa do Mundo e principal goleiro do elenco vascaíno. O treinador revela que já trabalhou antes com um estrangeiro e elogia o atual titular vascaíno.
“Trabalhei com o chileno Johnny Herrera, jogamos a Copa Libertadores de 2006, ele foi contratado da Universidad de Chile pela experiência dele em competição Sul-Americana, foi a oportunidade que tive de trabalhar com um goleiro estrangeiro. O Martin chegou num momento muito complicado, o Vasco teve um momento difícil, os goleiros não estavam conseguindo ter boas atuações. Ele entrou num momento de instabilidade dos outros goleiros e foi muito bem, é experiente, foi à Copa do Mundo, conseguiu acalmar um pouco num momento que era difícil. A partir daí, ele fez bons jogos, teve boas atuações, acho que ele resolveu o problema que o Vasco realmente estava tendo. Ele mostra ser um goleiro com muita personalidade, muito boa técnica, isso é fundamental para uma posição tão importante.”
Além de Martin Silva, terá a chance de comandar o jovem Jordi, considerado uma promessa em São Januário. O técnico exalta as qualidades do prata da casa e crê em titularidade num futuro próximo.
“O Jordi eu conheço pouco, mas nas vezes que jogou ele foi bem, dentro do clube ele é tido como uma promessa, um goleiro no qual o clube acredita, num futuro próximo pode até assumir a titularidade, e ele trabalhando perto de um goleiro da experiência do Martin Silva, vai ajudar muito nesse processo de formação. Não tenho o menor problema de trabalhar com os jovens, hoje em dia o trabalho com goleiros nos grandes clubes é bem feito, você tem desde o mirim e o infantil há treinadores de goleiros específicos, hoje o jovem chega ao profissional com 19, 20, 21 anos já com uma larga experiência de competições internacionais. Fico realmente feliz e desafiado em fazer com que ele consiga desenvolver todo o se potencial, fico tentado a fazer esse trabalho, eu gosto, trabalhei com Jeferson, Gomes, conseguiram destaque e são grandes goleiros. Estou motivado e espero logo começar o trabalho.”
Na opinião de Flávio Tênius, o goleiro deve trabalhar conforme a tática e o futebol praticado por sua equipe e tem sempre de estar preparado.
“Goleiro tem que trabalhar bem sempre que exigido, dentro do gol ou se precisar jogar mais adiantado, claro que existem táticas de treinadores que realmente é necessário que um goleiro jogue mais avançado, de repente tem a possibilidade de cortar um lançamento. O goleiro vai jogar de acordo com a tática do treinador, da maneira como o time joga e para isso ele tem que estar preparado, tem que saber avaliar uma bola em profundidade, o tempo de bola certo ou ficar dentro do gol. Nós treinadores de goleiros temos que estar preparados para trabalhar o goleiro em todas as situações e conforme a tática que o treinador usa, verá se vai jogar um pouco mais adiantado ou atrás, o goleiro tem também que estar preparado, saber jogar com o pé, perceber a profundidade de lançamento, às vezes o time precisa se abrir em algum momento da partida, são várias situações táticas que nós trabalhamos junto com o treinador, temos obrigação de trabalhar o goleiro para que ele jogue ou adiantado mais recuado. O goleiro tem que estar preparado para fazer o que o lance ou a jogada pedir", explicou à Rádio Globo.
Flávio Tênius passou por clubes como Corinthians, Cruzeiro, Flamengo e Botafogo, e contribuiu nas carreiras dos goleiros Júlio Cesar, Gomes e Jeferson.
Por: Cesar Augusto Mota
Fonte: SUPERVASCO.COM