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Fernando Prass valoriza mais o equilíbrio que supremacia em casa

O Vasco segue se preparando para enfrentar o Coritiba hoje à noite, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Um dos fatores de sucesso do Gigante da Colina na competição o Caldeirão de São Januário, onde o Vasco tem um aproveitamento de pontos de 74%. Em nove jogos, foram seis vitórias, dois empates e apenas uma derrota, contra o Cruzeiro. Entretanto, o Vasco procura não se ater somente a isso para manter vivo o sonho do pentacampeonato brasileiro.

Em entrevista ao repórter Gustavo Penna, da Super Rádio Brasil, Fernando Prass, goleiro do Cruzmaltino, acha que o caminho para o título depende muito mais do momento do time do que do local do mando de campo, mas lamenta não poder jogar os clássicos em São Januário:

- Tem esse lado também mas tem o lado de que não a gente não pode jogar os clássicos em casa. Nossos mandos de campo são todos transferidos para o Engenhão quando acontecem os clássicos. Eu acho que depende muito mais do momento da equipe. A gente já mostrou que a gente está fazendo um campeonato muito bom fora de casa. Ano passado, a gente teve duas vitórias só fora de casa. Esse ano a gente já tem varias vitórias. Na Copa do Brasil, a gente conseguiu classificações à semifinal e à final fora de casa. Claro que jogar em casa, em São Januário, é uma vantagem, a gente não pode negar isso, até pela torcida do nosso lado. Os times adversários sentem quando vêm jogar aqui, mas acho que a gente não pode se apegar a isso. A gente, de repente num confronto direto contra uma equipe que está lutando pelo título fora de casa pode ser um jogo entre aspas estrategicamente mais importante para o campeonato, para o título, do que algum jogo em casa. Mas é um dado que pelo momento do time, pode ser favorável.

O que é mais importante: Fazer os 21 pontos nos jogos que restam em São Januário ou ir bem nos confrontos diretos?
- São várias possibilidades, é importante é fazer o máximo de pontos possíveis dentro de casa, mas a gente não pode ser um time que faça praticamente 100%, 90% dos pontos em casa e fora de casa não tenha um desempenho bom. Acho que a gente tem que ter um despenho equilibrado. Claro que normalmente o aproveitamento dentro de casa tem que ser melhor que o que fora de casa, mas acho que nessa levada em que estamos indo, nós estamos indo muito bem. Tem alguns times que dentro de casa tem praticamente 100% de aproveitamento, só que fora não conseguem pontuar. E a gente está conseguindo um equilíbrio. Num campeonato de 38 rodadas acho que mais importante do que vencer todos os jogos em casa é ter um equilíbrio muito grande. Acho que isso a gente está conseguindo.

Já dá para definir os candidatos o título?
- Difícil cravar alguma coisa, mas eu acho que não vai fugir muito desse pessoal que está na ponta da tabela. Está uma diferença de pontos pequena. Levando em conta que todos, praticamente, têm confrontos diretos, acho que está bem aberto ainda e eu acho que vai chegar até o fim do campeonato com no mínimo quatro ou cinco brigando pelo titulo.

Para Fernando Prass, como o Coritiba entrará em campo hoje?
- Deve ser um Coritiba mais equilibrado. Mas mesmo um Coritiba mais equilibrado tem suas características mais ofensivas. A gente sabe que [o Coritiba] não vai se jogar para cima, porque não tem que se recuperar de um resultado. Não sai atrás do placar como saiu no jogo passado, na final da Copa do Brasil. O jogo começa zero a zero, mas o Coritiba tem características ofensivas. É um time que joga bem, que joga para frente, que tem muita qualidade de jogo. Acho que vai ser um jogo bem jogado, com dois times que tem qualidade de jogar e gostam de jogar. Agora, com dois times que gostam de jogar, leva vantagem quem tem mais disposição para marcar.

Para Fernando Prass, São Januário tem estrutura para receber clássicos?
- Vou ser sincero. Vasco e Flamengo, na minha opinião, não tem condições de se mandado em São Januário, até pela capacidade. Agora, pelo que foi mostrado nos outros jogos, Vasco e Botafogo, Vasco e Fluminense teria totais condições de ser em São Januário. Até visualmente ficaria melhor, porque ficaria um estádio bem cheio, porque se não me engano contra o Botafogo foram 15 mil pessoas, 16 mil pessoas. Contra o Fluminense foi nessa faixa também, 20 mil. Acho que São anuário, com todas as reformas prontas, pode chegar na faixa de 22, 24 mil pessoas. Então, acho que esses dois jogos teria condição, sim. Já o do Flamengo, acho muito complicado.

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