Fernando Prass revela seu lado pai
Por trás do jeito reservado e contido de Fernando Prass existe um marido dedicado e um pai muito presente. O retrospecto de seis gols sofridos em dez jogos – contra 17 em 21 de Tiago, seu antecessor – é apenas um detalhe na vida do jogador. Com o nascimento dos gêmeos Caio e Helena, de 1 ano e 7 meses, sua vida mudou.
Os jantares e passeios com Letícia, sua mulher, deram lugar a dezenas de fraldas para trocar e noites em claro.
– Eu ajudo, dou mamadeira.
O mais difícil foi nos primeiros meses. Eles mamavam de duas em duas horas – conta o goleiro.
– Enquanto um dormia, o outro acordava. Os primeiro meses foram muito complicados para a gente.
Com os filhos mais crescidos, Fernando Prass curte ouvir as primeiras palavras do pequeno casal.
– Eles já estão na fase de falar, já falam papai e me reconhecem na TV – diz orgulhoso o jogador, que já ensinou aos filhos que há uma palavra que soa como ofensa para quem vive na mais ingrata das posições. – Eles só não podem gritar gol. Aí eu digo que é feio.
Quando consegue arrumar um tempo extra, Fernando Prass se dedica à leitura. No momento, ele lê com avidez a dois livros: De Ernesto a Che. A segunda e última viagem de Che Guevara pela América Latina e A Pequena História da Humanidade. São muitos bons – recomenda o goleiro. – Gostei de saber da história da separação dos continentes e do aumento do nível do mar, que está acontecendo de novo, com o aquecimento global. Portugal foi a maior potência marítima do mundo e teve várias colônias. É por isso que na seleção portuguesa tem jogadores que nasceram em Moçambique, Angola, e em outros países