Fernando Prass: "Na hora do filé, todo mundo quer comer"
Você é um dos líderes do grupo. Como você costuma agir no dia a dia em situações difíceis?
Isso é de cada um. Se eu vejo alguma coisa errada, seja com menino ou com um cara mais velho, eu vou falar, expor minha posição. Dizer o que eu acho que está errado ou certo. É uma coisa natural, do dia a dia, tentando melhorar. Estou com 33 para 34 anos, então, acho que isso serve como um exemplo para mais novos.
Você é um dos poucos do atual elenco que roeu o osso na Série B. A torcida tem um carinho a mais por isso, por ter abraçado o clube...
Em 2009, ninguém queria jogar no Vasco. Agora, em 2012, campeão da Copa do Brasil, na Libertadores, se perguntasse quem queria vir... Todo mundo queria jogar no Vasco. Então, na hora do filé, todo mundo quer comer. Mas, sem dúvida nenhuma, eu e outros que jogaram a Série B sentimos esse carinho.
Carlos Alberto também passou pela Série B e voltou ao time agora. Como você o vê nesse retorno?
O ano de 2011 foi complicado para ele. Acho que acendeu a luz amarela, de alerta. O tempo passa. Ele chegou ao Vasco em 2009, com 24 anos, hoje está com 28. Antes de ele sair, conversei com ele, para ele olhar para dentro, ver o que estava fazendo de diferente.
Qual defesa é mais marcante para você?
Aquela sequência de três (contra o Flamengo, pelo Brasileiro de 2010). Por ser no Maracanã, contra o Flamengo, com 80 mil pessoas... Juntou todos os ingredientes para tornar especial.
E quanto ao apelido de Muralha da Colina. Gosta?
Gosto. Toda torcida grita que o goleiro deles é o melhor do Brasil. Todo lugar que você vai, os caras cantam a mesma coisa. E acho que música igual a minha ninguém tem.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)