Futebol

Fernando Prass fala de Carioca, Libertadores e Carlos Alberto

Em entrevista a SRB, o goleiro do Vasco, Fernando Prass, fala sobre o jogo de ontem do Vasco pelo Campeonato Carioca, sobre o próximo jogo da Libertadores que pode deixar a classificação garantida e sobre a reintegração de Carlos Alberto ao elenco cruzmaltino.

Primeiramente, Prass faz uma avaliação sobre o jogo de ontem:


“Eu acho que foi um jogo que a gente pode comparar até com o contra o Libertad. O primeiro tempo não foi muito bom, a gente demorou um pouquinho para encaixar o jogo com o jogo do Dedé, encontrou um monte de dificuldades no primeiro tempo, tanto pra criar como pra marcar, a gente teve, relativamente, uma boa posse de bola, mas não criou tantas oportunidades e o Resende teve o contra-ataque. O segundo tempo foi ao contrário, o Vasco conseguiu pressionar, conseguiu tomar conta do gol, mas infelizmente não conseguimos a virada, tivemos oportunidade pra isso, mas conseguimos só um gol, o que acarretou na perda de dois pontos e a perda da liderança. Mas ainda assim, continuamos na faixa de classificação, e agora depende só da gente.”

No começo do jogo, o time do Resende teve bastante espaço na defesa do Vasco, chegou com mais facilidade. O que você pode falar sobre essa situação?

“Eles exploraram muito bem as laterais, eles jogaram mais é pelos lados do campo. A gente tentou adiantar a marcação, mas como a gente não estava conseguindo jogar muito bem, acho que isso foi uma consequência. A gente saia para o jogo e como a gente não conseguia concluir a jogada, a gente acabava perdendo a bola e eles aproveitaram bem esses espaços. No segundo tempo, quando a gente teve mais qualidade com a bola e controlou mais o jogo, a gente praticamente matou as jogadas pelos cantos do Resende. No primeiro tempo a gente não teve essa capacidade, então tivemos dificuldades.”

Você acha que devido ao fato do Vasco depender só de si para se classificar, os jogadores entraram mais relaxados e acabaram sendo surpreendidos, ou você acha que não foi isso que aconteceu?

“Não, acho que não. Isso de o Vasco encontrar dificuldade não é exclusividade nossa e nem é a primeira vez que acontece, as outras equipes consideradas grandes também tiveram dificuldades, e não é falta de interesse até porque, no primeiro turno a gente teve 100% de aproveitamento, estávamos classificados com duas rodadas de antecedência e nem por isso perdemos o interesse, e ainda mais agora, que não temos a classificação garantida e tá muito equilibrado. São situações do futebol, um dia se joga bem, no outro não se joga tão bem, e o importante é detectarmos o que a gente fez de ruim pra não repetir. A gente sabe que a gente não teve uma boa performance, principalmente no primeiro tempo , mas descarto essa situação de estar acomodado e relaxado.”

Essa semana vocês tem uma folga pela Libertadores, o que dá até pra preparar melhor os jogadores que estão voltando, recuperar os que estão mais desgastados. Sobre a situação envolvendo a classificação na Libertadores. O Vasco precisa de uma vitória para alcançar os 10 pontos e se classificar para as oitavas de final. Você acha que projetar essa vitória contra o Alianza é o mais interessante?

“O quanto antes a gente conseguir essa vitória melhor, e como contra o Alianza é a próxima partida, esse seria o ideal, e é esse o objetivo, a gente não tem como pensar “ah vamos perder pro Alianza, ganhar contra o Nacional”. Mesmo ganhando do Alianza a gente vai continuar tentando vencer, seja onde for. Mas claro, dependendo do resultado ai do meio de semana, se a gente vencer o Alianza, a gente praticamente se classifica, e ai ficaria a questão da primeira ou segunda colocação, mas o ideial é garantir a vitória e a classificação o quanto antes.”

Ontem, Dinamite confirmou a reintegração do Carlos Alberto. O que você fala sobre essa volta dele, como o grupo reagiu?

“O Carlos Alberto nunca teve problema com ninguém do grupo, o problema dele era isolado com o presidente, e a partir do momento que ele e o presidente se acertaram, eu acho que não tem problema nenhum, até porque ele é um jogador do Vasco, tem contrato até o ano que vem, o Vasco tá arcando com seu salário, e ninguém duvida da qualidade do Carlos Alberto. Claro, ele vem em um ano difícil, a gente já conversou, ele vai ter que dar a volta por cima e sem dúvida nenhuma ele vai estar em um momento menos bom do que quando ele chegou em 2009, e tudo que ele conquistou e que ele fez, serve única e exclusivamente de motivação e de parâmetro pra ele recuperar aquele futebol, agora ele vai ter que provar para o Cristóvão que tem condições e que merece voltar a jogar, porque no grupo ele tá reintegrado então vai ter que fazer por merecer uma chance de jogar.”

Você acha que fora de campo ele precisa mudar alguma coisa no comportamento para se adequar a nova filosofia de trabalho do Vasco?

“Fora de campo a filosofia não mudou, porque a diretoria sempre cobrou comprometimento, profissionalismo, tanto que os problemas aqui no Vasco não são muitos e são resolvidos internamente. O Carlos Alberto já trabalhou com o Ricardo, então ele conhece, sabe a condição de trabalho que tem aqui. O Carlos Alberto sabe porque o ano de 2011 dele foi ruim e cabe a ele, diante dessa avaliação, ter atitudes que façam ele retomar aquele grande jogador que ele é.”

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