Futebol

Fernando Prass está a um jogo de superar Rogério Ceni

Basta entrar em campo, no dia 22 de janeiro, contra o Americano, na estreia do Carioca, para Fernando Prass emplacar uma marca histórica. Com 134 jogos, ele ultrapassará Rogério Ceni, do São Paulo, e se tornará o segundo jogador a ter a maior sequência de partidas na história do futebol brasileiro. Atrás apenas de Wladimir, ex-jogador do Corinthians, ele sabe que a cada ano grava mais o seu nome no Vasco e, ao L!NET!, revela que não quer mais deixar São Januário.

- Não é demagogia, até porque o pessoal do Vasco me conhece e sabe que eu não sou de fazer essas coisas. Dificilmente eu aceitaria uma proposta de outro clube, só se fosse algo para mudar minha vida - disse.

Prass chegou ao clube em 2009 cercado de desconfiança, já que o Vasco não emplacava um goleiro desde a saída de Fábio, em 2004. Com perfil sereno e sem muito marketing, foi conquistando seu espaço aos poucos. Ajudou o Cruz-maltino a voltar à Série A e, em 2011, alcançou outro patamar com o título da Copa do Brasil e as belas campanhas no Brasileiro e na Copa Sul-Americana, ambas sem se ausentar.

Sempre comedido, ele admite a importância da marca que está para atingir, mas mantém os pés no chão.

- Acho que importa na medida que materializa e mostra a sequência de jogos num grande time como o Vasco. Estou conseguindo isso aliando a condição técnica e física, porque separando uma coisa da outra, não conseguiria. Mas em termos de marketing, de querer bater esse ou aquele, isso não é meu objetivo. Meu objetivo é jogar todos, mas não por vaidade, e, sim, para ajudar - afirmou a Muralha da Colina.

COM A PALAVRA: WLADIMIR, DONO DO RECORDE DE 161 JOGOS

Por muitas vezes, acabei jogando machucado, com o tornozelo inchado e até com a costela quebrada, porque detestava ficar fora de um jogo. Queria ter a consciência de que, quando parasse com o futebol, teria jogado tudo que tinha direito. Costumo dizer para o meu filho (Gabriel, lateral-direito do Grêmio) que eu aprendi a administrar a dor.

Aprendi a jogar com dor mesmo, boa parte das vezes sem estar com 100% das condições. Ia para o jogo e não queria saber, não. Entrava com bota de esparadrapo e, depois de dez minutos, esquecia completamente. Só me preocupava com o jogo. Sobre a marca do Fernando Prass, acho que os recordes estão aí para serem quebrados sempre.

Fonte: Lancenet!