Fernando Prass e Cássio têm trajetórias ligadas ao Vasco
Os atacantes de Corinthians e Vasco encontrarão duas muralhas pela frente no duelo desta quarta-feira, às 21h50m, no Pacaembu, valendo vaga nas semifinais da Taça Libertadores. Cássio e Fernando Prass possuem muito mais semelhanças do que a camisa amarela usada na partida de ida, no empate por 0 a 0 em São Januário. Gaúchos e formados no Grêmio, os goleiros que podem ser decisivos neste duelo têm carreiras semelhantes que, indiretamente, estão ligadas.
Prass é mais velho, 33 anos, e carrega nos ombros o peso de ser um dos principais jogadores do Vasco na luta pelo título da Libertadores. Antes disso, também viveu seus momentos de cigano do futebol. Sem espaço no Grêmio, passou por Francana-SP, Vila Nova-GO e Coritiba, de onde seguiu para a Europa para defender o União Leiria-POR.
Cássio, de 24 anos, despontou no Tricolor gaúcho como uma grande promessa até para a Seleção Brasileira, quando conquistou o Sul-Americano Sub-20 em 2007. Realizou o sonho de atuar no Velho Continente, mas não de ganhar projeção internacional. Em quase cinco anos no PSV-HOL, teve poucas chances como titular e foi emprestado ao Sparta Rotterdam-HOL.
Embora eles não se conheçam, o retorno dos dois ao futebol brasileiro esteve ligado. Cássio era a primeira opção do Vasco para a disputa da Série B, em 2009. A negociação, praticamente acertada, naufragou nos detalhes depois que a comissão técnica do PSV decidiu não liberá-lo. Sem ele, a diretoria do clube carioca apostou em Fernando Prass para ocupar a posição.
- Estava tudo acertado com o Vasco, mas o treinador do PSV não autorizou a minha liberação, e o Vasco foi atrás de outras opções. Depois de duas semanas, o Prass estava lá. Ele é um grande goleiro, vem mostrando muita regularidade nos últimos anos. É um dos melhores do Brasil, mas, agora, espero sair vencedor - afirmou Cássio, de 1,95m.
Até mesmo no retorno ao país as histórias são parecidas. Fernando Prass passou todo o primeiro semestre de 2009 no banco de reservas e só virou titular depois que Tiago se lesionou, na véspera da estreia na Série B, contra o Brasiliense. Com boas atuações, firmou-se e teve papel decisivo nas conquistas da Segundona do Brasileirão e da Copa do Brasil (em 2011).
Já Cássio desembarcou no Corinthians como a terceira opção de Tite. No entanto, com os erros de Julio Cesar nas quartas de final do Paulistão, diante da Ponte Preta, venceu a disputa com Danilo Fernandes e agarrou a posição. Em cinco partidas como titular, sofreu apenas um gol e já vem caindo nas graças da torcida.
- Realmente temos uma trajetória semelhante, apesar de sermos de gerações diferentes. Voltamos para o Brasil sem sermos titulares, mas conquistamos a posição. Não acompanho os treinamentos do Cássio, apenas os jogos, então fica difícil falar sobre o fato de ele vencer a concorrência no Corinthians. Mas é um goleiro que mostra qualidade técnica e boa condição física - disse Prass, de 1,91m.
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