Fernando Prass diz que muitas trocas de treinador säo mau sinal
Uma das principais leis que regulam o futebol é a do resultado, especialmente em times grandes, onde existe muita pressão da torcida. E normalmente quando a coisa vai mal, a corda arrebenta do lado do técnico. No Vasco não é diferente. Como o time não tem vivido bons anos, as mudanças no comando têm sido constantes. Ricardo Gomes, apresentado na quarta-feira, é o nono da era Roberto Dinamite.
O discurso dos dirigentes é de que sempre prezam pela continuidade, mas nem sempre isto acontece na prática.
- É sinal de que as coisas não estão indo bem. O ideal seria continuar com um mesmo treinador por um logo período - afirmou o goleiro Fernando Prass.
Só em 2008, ano em que o clube foi para a Série B, foram três nomes diferentes: Antônio Lopes, Tita e Renato Gaúcho. Após a queda, assumiu Dorival Júnior, que virou uma exceção. Foi o único neste período a conseguir ficar uma temporada inteira no cargo.
Em 2010, Dorival não chegou a um acordo com a diretoria sobre sua renovação de contrato e deixou o clube. No seu lugar entrou Vagner Mancini, que não conseguiu nem chegar até o fim do Carioca. A demissão aconteceu depois de uma derrota para o Americano em São Januário. Deu lugar a Gaúcho, que começou como interino e ficou por dez jogos.
O comandante seguinte foi Celso Roth, que teve uma passagem meteórica na Colina: apenas cinco partidas. Mas neste caso não houve demissão. Na parada para Copa do Mundo, o treinador surpreendeu a todos do Vasco e aceitou uma proposta do Internacional. Seria a vez de Paulo César Gusmão voltar ao clube. Ele ajudou o time a se livrar do rebaixamento no Brasileiro, mas não resistiu ao pior início do Vasco em Cariocas - quatro derrotas nas quatro primeiras rodadas, três delas para times de menor expressão.
O diretor de futebol Rodrigo Caetano disse que foi complicado para ele e para diretoria decidir interromper a passagem de PC no clube.
- Interromper o trabalho é doloroso, nós acreditávamos na nossa preparação. São bons profissionais que saíram. Não era do interesse de ninguém que as mudanças ocorressem - disse o diretor de futebol Rodrigo Caetano.
Agora é a vez de Ricardo Gomes tentar recolocar a equipe no caminho das vitórias e, que sabe, ter mais sorte e durabilidade do que seus antecessores.
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