Futebol

Fellipe Bastos se inspira no time de futebol americano

Na manhã de ontem, o time de futebol americano do Vasco, que disputará amanhã, contra o Vila Velha Tritões, a final do campeonato nacional da categoria, recebeu a visita do volante Fellipe Bastos. No encontro, o camisa 21 do time de PC Gusmão vestiu a 46, arriscou alguns chutes, como um verdadeiro kicker, mas logo descobriu as diferenças entre os esportes. Com a bola oval, a principal arma dele neste ano não teve o mesmo efeito.

– É complicado. O jeito de chutar precisa ser diferente. Essa bola tem de subir, mas não sobe. Com a redonda é bem mais fácil. Com essa oval, não dá – disse Fellipe Bastos, após pegar dicas de como bater na bola e, mesmo assim, errar três chutes e acertar apenas um.

Após mais algumas tentativas, o volante foi convidado para um “leve” treino de contato. Mas, preocupado com o início da próxima temporada, preferiu não arriscar.

– Esses caras são fortes, grandes e chegam com força. Preciso voltar bem em 2011. Melhor não arriscar.

Cada um no seu esporte – brincou ele, que elegeu um companheiro para protegê-lo como condição para aceitar participar do treino. – O Dedé é forte, é alto e rápido. Bom para pegar essas caras que chegam para derrubar. Assim, dá para jogar (risos).

Apesar das diferenças, Fellipe ainda conseguiu tirar alguma lição do encontro, algo que pretende colocar em prática em 2011. Ao se despedir, ele desejou sorte aos atletas e garantiu que ficará na torcida pelo título: – Vou levar para nosso time a dedicação, a gana e a vontade que eles têm para ganhar. Mesmo semmuito apoio, chegaram longe. Essa conversa com o pessoal me motiva para fazer uma grande temporada.

Bate-bola com Fellipe Bastos, volante do Vasco e aspirante a kicker

Achou o futebol americano muito diferente?
É diferente. Existem muitas diferenças. A bola é diferente, as coisas que acontecem no jogo são diferentes. Mas é cada um no seu esporte. Acho que vou acabar atrapalhando eles, se eu tentar alguma coisa com essa bola oval (risos).

Pelos chutes que você arriscou, dá para ser um kicker?
Kicker só entra, chuta e sai, não é? Sem contato? (risos). Mesmo assim, é difícil. Acho que não é para mim esse esporte não. Quero parabenizá-los por essa final que eles chegaram. Vou ficar só como espectador mesmo, torcendo pelo título.

Eles tiveram de passar por várias barreiras para conseguirem chegar nessa decisão. Dá para tirar alguma lição disso e levar para o seu time?
Mesmo sem patrocínio, sem muito apoio, eles conseguiram chegar em uma decisão de campeonato. Mas eles estão vestindo a camisa do Vasco e isso, com certeza, vai ajudar nessa final, pois o Vasco é muito grande, independentemente do esporte. O que posso levar desse encontro para meus companheiros é essa gana e essa força de vontade dos atletas. Nosso time precisa de títulos em 2011 e vamos colocar muita vontade em campo para conquistá-los.

No treino como kicker, você não teve muito sucesso. Mas, para 2011, o pé vai estar calibrado?
O problema é que a bola é oval. Isso dificulta. Com a bola de futebol é melhor, estou mais acostumado. Espero ajudar o time com bons chutes. Sempre foi uma das minhas armas. E é como eu disse, cada um no seu esporte.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)

Fonte: Jornal Lance