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Fellipe Bastos: "Meu sonho de criança era jogar no Vasco"

Talvez um dos mais identificados com a Cruz de Malta dentro do atual elenco, o volante Fellipe Bastos viverá mais um Botafogo x Vasco especial nesta quinta-feira, às 19h, no Nilton Santos, pela Copa do Brasil. Enfrentará o clube que o formou e pelo qual seu pai, Feliciano, e o irmão, Danilo, torcem. Apesar de já ter jogado contra a Estrela Solitária por 16 vezes(*) desde que deixou General Severiano, em 2007, ainda há muita gratidão dentro do coração vascaíno de Fellipe.

- Começamos no Botafogo a longa caminhada e depois a minha vida andou. Sempre tenho um sentimento de gratidão por tudo que vivi dentro do Botafogo, minha formação foi toda lá. É lógico que a gente esquece disso quando entra em campo, mas o Botafogo foi o clube que me formou e que me abriu as portas para eu desenvolver meu futebol desde criança até me tornar adulto - afirmou.

O volante vascaíno sabe que a família vestirá a camisa do "Fellipe Futebol Clube" durante os 90 minutos e, também por isso, avisa que não dará moleza para o ex-clube.

- Pai e irmão, vocês sabem o quanto eu amo vocês, mas dentro de campo vou estar defendendo a Cruz de Malta. Sei que vocês vão estar torcendo por mim também. Tive um passado muito bom dentro do Botafogo, agradeço muito ao Botafogo, mas dentro de campo vou defender a Cruz de Malta como nunca e esperando que a gente se classifique - afirmou Fellipe, filho da também vascaína Damiana.

Quando termina o duelo, porém, Seu Feliciano e Danilo querem outra camisa. Aliás, outras. É sempre assim, e Fellipe já sabe o que terá de fazer após o apito final: garantir aquela camisa do Botafogo. Já há, aliás, até um adversário escolhido para a troca, o zagueiro Rafael Forster, também nascido em 1990 e seu companheiro de seleção brasileira nas categorias de base.

- Meu pai com certeza vai torcer por mim. Ele fala: "Eu deixo de torcer para o time que gosto desde criança para torcer pelo meu filho, que é o meu sangue". Ele fala que é assim, mas não deixa de pedir uma camisa (risos). Meu pai pede pouco, mas meu irmão pede todo jogo. Quando joguei contra o Loco Abreu, era obrigação minha trocar camisa com ele (risos).

- Eu joguei com o Forster na Seleção. O conhecem desde lá atrás, com 15 anos. Já pediram a camisa do Forster, e eu falei: "Calma aí, eu tenho um museu em casa onde boto a camisa dos jogadores com quem joguei junto". Aí ele falou: "Não, não, essa camisa é minha".

*De acordo com estatísticas do site O Gol (Bastos marcou duas vezes contra o ex-clube, segundo o mesmo site).

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Jogo bem diferente em relação ao do último domingo, vencido por 3 a 2 pelo Vasco, pelo Brasileiro

- Esse jogo de quinta-feira vai ser bem diferente em relação ao de domingo. É jogo eliminatório, ainda mais você que tem outro jogo onde você pode definir. A Copa do Brasil mudou em relação à que eu ganhei (em 2011, pelo Vasco), tinha gol fora e agora não tem.

- Acho que vai ser um jogo totalmente diferente, um jogo mais estudado pelas duas equipes. O Vasco sempre vai buscar a vitória, sabemos que vitória te deixa mais perto da classificação, mas é preciso entrar com muito mais cautela. O segundo jogo, eu acho que é mais aberto e para frente, como foi o nosso segundo com o Goiás.

Amor pelo Vasco

- Relação de muito carinho, gratidão e amor mesmo. Muitas das vezes acontece de ganhar e perder, mas a minha vontade de vestir essa camisa é muito grande. Meu sonho de criança era jogar no Vasco, porque sempre disse que meus ídolos jogavam no Vasco, ser campeão aqui e marcar meu nome na história do clube. Está acontecendo isso, espero continuar escrevendo minha história, mas é um sentimento que me deixa muito feliz. Se Deus quiser, conquistar mais títulos e marcar meu nome no clube.

Ídolos no Vasco

- Felipe, Pedrinho, Edmundo, Romário, Ramon, Carlos Germano... Hoje convivo com Ramon e Carlos Germano. Convivi com Felipe e Juninho em 2011, o Pedrinho é um grande amigo. Romário é um grande ídolo e que me deixa muito emocionado quando eu encontro.

Chegada à Seleção quando era da base do Botafogo

- Fui conhecer a CBF quando fui convocado pela seleção brasileira, então o sentimento de gratidão por tudo que o Botafogo representa na minha vida e na carreira. Quando começa o jogo, eu penso no meu Vasco, na vitória e na classificação. A gratidão fica fora de campo, cada um defende o seu dentro de campo.

Fonte: ge